Casamento Grego 2 revisita o filme original, de quase duas décadas atrás. A sequência traz os mesmos personagens do primeiro, exceto por Paris, filha de Toula, que está se formando no ensino médio. Traz também o mesmo humor do primeiro filme, com direito a muita piada grega.
Mais do que uma sequência boba, o diretor Kirk Jones transforma Casamento Grego 2 em um filme leve que visita temas importantes de forma suave. Um deles é a cria deixando o ninho. Paris passa pelo mesmo constrangimento que Toula passou quando jovem, sendo constantemente lembrada que deveria arranjar um bom marido grego. Além disso ela está se formando e vai escolher a universidade. Seus pais e, obviamente, toda sua família grega a influenciam para ficar em Chicago. Claramente traçando um paralelo com Toula, que mesmo depois de casada, ainda mora ao lado dos seus pais, o roteiro acaba revelando como isso afeta o casamento da protagonista de maneira negativa. Dessa forma, a ida de Paris para Nova York acabaria sendo não só uma forma de afirmação para a garota como uma chance de seus pais restaurarem o encanto do seu casamento.
Outra subtrama diz respeito aos pais de Toula, que acabam descobrindo que não são legalmente casados (falta uma assinatura no documento) e entram numa crise e numa guerra de orgulho digna de Homero. O filme ainda traz agradáveis surpresas como o baile de Paris e a ascendência familiar de Alexandre, o Grande. Quem também aparece é John Stamos, fazendo um personagem claramente descartável, mas em um filme leve e divertido como esse, até esse quase cameo de Stamos fica difícil de ser criticado.
Se o filme não se equipara ao primeiro, o honra de maneira digna. Uma comédia familiar que cumpre o seu papel e preenche de forma competente uma lacuna cada vez mais frequente no circuito e nas programações.