O hibridismo da arte contemporânea no espetáculo “Entre o Choro e o Controle”

Depois de meses de ensaios, afinando movimentos, ações, pesquisando, estando imerso em arte… ressurjo.  Agora sou eu que preciso ser observado. Minha função de pseudo critico é posta de lado e abro espaço para as sensações alheias. Aliás, abro espaço para convidá-los a dançar, a vivenciar, a se permitir dentro do nosso trabalho.

Essa história começa quando sete artistas se juntaram e resolveram pesquisar sobre a arte contemporânea, percebendo seus hibridismos, seus riscos, suas possibilidades. Desse encontro, surgiu a Sociedade Cênica Trans, que em menos de um ano de vida, ganhou seu primeiro Prêmio da Funart do Ministério da Cultura, o Edital de Dança Klauss Vianna 2013.

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Nossa proposta era envolver performance, dança e teatro, tendo como referência a estética teatral do dramaturgo Samuel Beckett, juntamente com a filmografia do cineasta franco argentino Gaspar Noé. Com esses trabalhos dialogando com as experiências de cada integrante, surge a obra Entre o Choro e o Controle, que aborda o tema da efemeridade na exploração de memórias, imagens e sensações.

 

IMG_0350É a primeira vez que trabalho efetivamente com dança. Em meses de ensaio, fui mergulhando nesse universo, explorando as possibilidades do corpo e me apaixonando cada vez mais. Digo que sou um bailarino frustrado (se é que posso me considerar assim), daqueles que não iniciaram sua carreira quando era criança. A paixão pela dança sempre foi presente desde minha infância logo quando via minha mãe dançar. Mas crescer em uma família tradicionalista (não que seja ruim), no qual coisa de menina era brincar com bonecas e de menino jogar futebol, não me permitiram dançar.  Mas estar na arte, foi inevitável.

Nosso espetáculo fala um pouco de cada um. Fala das nossas crises, dos nossos desejos, das nossas paixões, dos medos, das coisas que passam por nós e que nos deixam marcas. Dançamos com o tempo, percebendo os fios que ligam as nossas vidas. Tudo isso na exploração do corpo como linguagem.

Estreamos dia 15 no TECESol e ficamos em temporada nos demais finais de semana de novembro, sempre aos sábados e domingos às 18h. Sinta-se à vontade para compartilhar com a gente sua presença.

SERVIÇO

Espetáculo “Entre o choro e o controle”

Apresentações: 15, 22 e 29 (18h | Sábado)
16, 23 e 30 (18h | Domingo)
Local: TECESol – Rua Governador Valadares, S/N, Neópolis.
Ingressos R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia)
Informações e reservas: Pablo Vieira (9163-5497)

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Moisés Ferreira
Pisciano. Paraibano, natural de Campina Grande, mas residente em Natal. Graduando em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Apaixonado por dança, livros e doces.
Moisés Ferreira

Moisés Ferreira

Pisciano. Paraibano, natural de Campina Grande, mas residente em Natal. Graduando em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Apaixonado por dança, livros e doces.

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