Slasher, a mais nova série produzida pelo Chiller – um canal americano especializado em terror – trouxe uma temática já conhecida no cinema há algum tempo: serial killers protegidos em um disfarce. Por isso, a série canadense tem uma trama super parecida com Scream, embora os motivos do assassino em Slasher sejam totalmente diferentes.
Durante o Halloween, um pai da família se preparava para ir a uma festa sozinho, sem sua esposa, que estava grávida. Ao ver essa situação, O Carrasco – serial killer da história – mata o homem e a mulher grávida, mas decide fazer o parto prematuro da criança, Sarah (Katie McGrath, de Jurassic World). Após muitos anos, O Carrasco, que na verdade chama-se Tom Winston (Patrick Garrow, de Robocop 2014) vai para a cadeia e Sarah, já uma jovem, decide voltar, junto de seu marido Dylan (Brandon McLaren, de O Amor Acontece) à casa onde ocorreu tragédia de seus pais. Para também se reconectar com o passado, Sarah decide visitar Tom na cadeia e, após esse acontecimento, O Carrasco volta a atacar a cidade, transformando-a novamente em um cenário de horror.
Apesar do clichê “quem é o assassino”, a série tinha tudo para apresentar uma boa história. Nos primeiros ataques, as motivações do assassino pareciam ter um fundamento interessante, que envolvia uma prática religiosa a partir dos 7 pecados capitais, punindo as vítimas com castigos ligados às transgressões cometidas.
A partir do episódio 6, a série começa a desandar e o espectador não consegue dar conta de seguir muitos rumos ao mesmo tempo. O roteiro apresenta falhas e furos. Por exemplo, O Carrasco perde totalmente o rumo e começa a matar pessoas próximas aos que, logicamente, deveriam ser os punidos. O último episódio é o fiasco total do que parecia ser, no começo, uma série que caminhava para um final interessante. Afinal, a relação entre o serial killer e a protagonista é completamente egoísta e banal.
Há problemas na composição de Slasher também. Em seus oito episódios – poucos, se comparada com outras séries – os efeitos são bem amadores e o figurino, desleixado, levando os espectadores a considerá-la barata, no sentido pejorativo e econômico.
Mesmo com tantos pontos negativos, há ainda um gancho para uma história futura. Vamos esperar que a segunda temporada apresente melhores aspectos. Da primeira, apenas as histórias dos quatro primeiros episódios e a fotografia se salvam.