Do rock psicodélico e alternativo do Talude ao rap integral e originalizado das classes marginalizadas dos Agregados Família do Rap, o Festival DoSol se mantém forte e intenso como um dos eventos mais aguardados no fim de ano na cidade de Natal. Passando pelo instrumental, classic rock, pós-punk e metal, a mistura de estilos que o festival nos apresenta é de encher os ouvidos. Os pés não ficam no chão, as mãos sempre pra cima, a música nunca para.
Dificuldades por dificuldades todos têm, mas quem se organiza, programando detalhes, aprende a administrar os imprevistos se sobressai diante desses empecilhos do cotidiano. O que a organização do Festival DoSol não esperava e que infelizmente se concretizou foi a confirmação do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) no mesmo fim de semana do Festival. A pior de todas as dificuldades. Sendo o DoSol um festival composto principalmente pela cena jovem da cidade, este imprevisto se mostrou um grande fator diante do pequeno público que marcou presença no 1° dia do evento.
Mas a bola não pode cair e não caiu. Bebidas, um ótimo lugar pra bater um papo com amigos e fazer novas amizades, aliada a uma seleção de bandas novas e outras experientes foram as principais armas para tentar trazer o público cativo para o festival. As bandas convidadas para essa abertura não fizeram feio. Mostraram, em 45min cada, do que são feitas. O Talude, anteriormente citado, é uma banda nova, saída diretamente destas terras potiguares. Eles ainda têm um longo caminho pela frente, então vamos ficar de olho neles. O Mahmed, já velhos conhecidos do público natalense, com sua tomada instrumental, com arranjos bem elaborados de guitarras, produziram uma harmoniosa ambientação que agradou a todos.
Rejects e Son Of A Witch representaram o classic e metal rock, trazendo para o festival o ritmo original, cheio de referência de bandas clássicas como Metallica, Black Sabbath, Kiss e o toque pessoal de cada banda. Chico Bomba & Zé Baga e Agregados Família do Rap foram aquelas atrações temperadas de experimentações de um ritmo que compõe os novos âmbitos dos festivais de músicas independentes pelo Brasil. Mas quem tomou todas as atenções, fazendo o público dançar e se divertir foram os garotos do Kung Fu Johnny. Com um vocal super potente, o baterista e vocalista, Ian Medeiros, fez a noite ferver. Agora é esperar os outros dias e curtir muito rock que Natal tem a oferecer!
Abaixo, a galeria de © Liz Nóbrega no primeiro dia de Festival DoSol:
Estudante de jornalismo, com um tombo por cinema e literatura. Curte um festival de música assim como um bom gole de café. Enquanto não acha seu meu rumo, continua achando que é a pedra no meio do caminho.
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[…] instrumental que o primeiro dia e muito mais completo em termos de diversidade musical e de público – devemos frisar –, o […]