Domingo, né? Dia de alguns descansar, assistir o Faustão e rezar em suas igrejas, mas pra outros, a peregrinação vai ser em rodas de pogo regadas a suor e cerveja, berrando suas músicas favoritas no calor infernal da Ribeira, no Centro Cultural Dosol. Bora ver o que vai rolar nesse dia cheio de amor.
15h30 – Godhound: Segundo os potiguares, “rock direto e sem frescura”, eles lançaram seu segundo EP, “God above… Hound on the road”, ainda esse ano. Lembra aquele rock pesado e clássico, mas moderno, seguindo os caminhos do Motorhead, uma das influências da banda, que foi criada em 2010. Ouça “Being so bad”, faixa que está presente no novo EP:
16h – Damage Division: Também do RN, a banda foi criada em 2012 e faz um stoner metal com muito peso em seus riffs e uma melodia marcante, uma boa opção pra quem curte o estilo musical (e pra quem quer se aventurar por ares desconhecidos). Seu primeiro trabalho foi lançado em 2012, no qual gravaram duas músicas no formato demo. Curta a música “Gravebound”, um dos resultados desse trabalho:
16h30 – Sertão Sangrento: Arregaçando as portas do punk no festival, o Sertão Sangrento veio da aridez de Caicó, RN, e mostrará um punk cru, sem efeitos, e de músicas rápidas, mas regado a terror, sangue e tripas, pois suas letras são compostas a partir da influência de serial killers, filmes de terror e tudo que há de ruim no mundo. Essa é a minha faixa preferida:
17h – Observer: Mais uma potiguar, é a primeira vez que o Observer toca no Festival Dosol. A banda nasceu em 2011 e aos poucos começa a fazer parte da cena musical alternativa do RN, mas tem sido elogiada por onde passa com a mistura de metal com grindcore, que lembra stoner, com vocal melodioso e gultural. Confira o bandcamp deles:
17h30 – Skate Pirata: Com um vocal feroz e feminino e apresentando um skate punk com ares oldschool, o mínimo que se pode esperar do Skate Pirata é agressividade, rodas de pogo, cabeças batendo e muita raiva sendo jogada pra fora. A banda vem do Ceará e algumas de suas influências são Bad Brains e Minor Treat. Ouça “Tudo de novo”, música do EP Cidade Cemitério:
18h – Iminent Attack: A única banda de trash metal dessa temporada veio de São Paulo. Trazem um trash sem alterações, mantendo o ritmo acelerado e o peso já conhecido do estilo que adotaram, mas não quer dizer que sejam uma cópia do Metallica e das outras bandas famosas. O clipe de “Splact” é divertido, tosco e macabro, mas vale a pena dar uma olhada:
18h30 – Red Boots: Rock do deserto! Red Boots é de Mossoró e faz um som que é grunge, blues e stoner, tudo misturado com uma voz melódica e enérgica e riffs pesados, com apenas bateria e guitarra na sua formação. Seu primeiro CD, Aracnophilia, foi lançado em 2012 e comprova que a mistura que eles fizeram deu certo. Veja o que eles fazem ao vivo com “Suicide”, uma de suas melhores canções:
19h – Molho Negro: Trazendo o garage rock de Belém para o festival, a banda está nos palcos desde 2011 e já tem material gravado, um EP chamado simplesmente de “Rock!”, que contém quatro faixas. É um som descomplicado, grudento, que você terá que resistir bravamente se não quiser chacoalhar o esqueleto. Essa é “Aparelhagem de apartamento”:
19h30 – Don Fernando: Na descrição do perfil no Facebook deles está escrito assim: “This is Don Fernando, massive riffs, massive hooks, tight as fuck, no bullshit. From Melbourne Australia”. Precisa dizer mais nada, né? Os caras contam com dois álbuns e um EP nas costas e prometem fazer muita zoada no Dosol. “Release me now” é uma das deles:
20h – Monster Coyote: Stoner de novo, e de Mossoró de novo, mas com a ressalva de que pelo menos Monster Coyote joga um pouquinho de sludge em sua música, coisa pesada de verdade, mas dando uma variada bem-vinda. Em 2012, eles lançaram um álbum chamado “The Howling”, seu mais recente trabalho:
20h30 – Los Peyotes: Outra leva de argentinos, Los Peyotes também trazem sua dose de garage rock pro festival, tendo como influência a leva das garagens dos anos setenta, como The Sonics, The Machine Music, sendo uma daquelas bandas que suspeito ser melhor ao vivo que em estúdio (o que é ótimo). Com compilações, um álbum e EP já produzidos, a banda promete um vasto repertório e músicas como essa aqui:
21h – Zander: Banda carioca de hardcore melódico, o Zander lembra CPM 22, então você pode amar, odiar, ficar nostálgico ou sentir vergonha. Você quem decide:
21h30 – Devotos: Sem dúvida, uma das bandas mais esperadas do dia. Com mais de 20 anos de carreira e 10 álbuns gravados, eles são de Pernambuco e tocam punk rock e hardcore (lá do alto Zé do Pinho), e garantirão rodas de pogo de parede a parede. Dê uma olhada em “Eu tenho pressa” e na performance toda garbosa de Canibal, com direito a tocar o baixo quase nos pés.
22h – Croskill: Uma das primeiras bandas de metal de Natal. Não sei o que esperar da banda, porque ela passou um longo tempo parada e só agora voltou aos palcos, então não sei se vai rolar o metal melódico que costumavam tocar no começo da banda e com sua formação original, ou se vai mudar alguma coisa. No começo de tudo era assim:
22h30 – Mukeka Di Rato: Não sei porque estou apresentando, mas vamos lá: Banda do Espírito Santo de punk e hardcore, mas sem seguir a cartilha do punk e nem se prender à retidão do hardcore, mostrando um som personalizado, com vocal e bases velozes e muita ironia pra distribuir. Com certeza, outra das bandas mais esperadas da noite, não é à toa que vai fechar o domingo e o Festival.
Estudante de Enfermagem que se mete em letras, músicas e desenhos. Segue a filosofia de que a vida é muito curta para gastá-la com preocupações. Dificilmente algo conseguirá surpreendê-la. Lê tudo, assiste tudo, vê o lado bom de tudo. É editora deste site.
Aninha arrebentando de novo, gostei das bandas: Godhound, Damage Division, Iminent Attack, Red Boots, Molho Negro, Don Fernando (Riffs MUITO parecidos com Ramones e QOTSA), Monster Coyote, Zander (Viva CPM 22 e Hateen!), Devotos, Croskill. Muito bom! 🙂
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