Natal é conhecida como a terra do sol, mas nesse último domingo (20), apesar do habitual sol quente, o dia foi um pouco mais ardente. Não apenas por ser um domingo – considerado como o dia oficial do descanso – mas por ser um domingo regado a bastante Heavy Metal, isso mesmo, escrito com letra maiúscula! Foi um dia dos metalheads da cidade e adjacências se encontrarem para celebrar não apenas o elo cultural que os une, mas para celebrar a amizade e, sobretudo, a vida.
Domingo foi o dia de Animal Fest, tradicional evento metálico da cidade, o qual precisou passar o último ano se reformulando para retornar com força total. Nesse meio tempo dedicado a ajustes e rearranjos, o evento regressou na sua melhor forma, oferecendo uma “matinê metálica” aos incansáveis bangers que largaram o ócio improdutivo de um corriqueiro domingo para, mais uma vez, “bater cabeça” e “honrar o heavy metal”. Além da “clássica feijoada esperta” e daquela velha breja gelada, o evento ofereceu o que de melhor existe na cena metal da cidade e do estado.

A banda que abriu essa edição do Animal fora o Regency Reborn, com músicos já tarimbados como “Ederground” e Magnum Siqueira, a banda fez sua estreia em palcos e segurou bem a responsabilidade que lhe foi dada. Logo depois foi a vez do Ação Libertária deflagrar seu Hardcore/ Thrashcore engajado e de muita personalidade. A terceira banda a subir ao palco foi o Comando Etílico – com direito a apresentação do mestre de cerimônias Will Dissidente – cujo show destilou conhecidas canções, assim como as novas composições que estarão presentes no novo disco a ser lançado, provavelmente, em 2016.

Não se perca, agora é a vez da quarta banda, Bones In Traction, vindo diretamente de “Hellssoró”, os caras dominaram o que sabem fazer de melhor, praticar um agressivo e incessante “Trash Metal”, onde também alternaram músicas do atual trabalho com as do próximo a ser lançado. Já era fim de tarde e adentrava ao palco a headline do festival, o Executer, de Sampa, cujos mais de 20 anos de estrada foram cruciais para realizar um show altamente feroz, violento e destrutivo. Foi um grande show, sem sombra de dúvidas.

Depois dessas cinco bandas você perdeu o fôlego? Os bangers presentes, e ainda resistentes, não perderam e ainda continuaram a bater cabeça sacando o Grind do Podredumbre. Seis bandas, feijoada primeira, cerveja gelada, amigos e a celebração a vida, esses foram os elementos que fazem do Animal Fest “o evento do ano”, conforme afirmou o Comando Etílico ao fazer a sua chamada para o evento em sua página oficial no Facebook. Para finalizar só posso agradecer a Sergio DM, a sua família e amigos que integram a produção do Animal pela ótima tarde regada a bastante metal, a qual serviu para renovar as forças e consolidar os laços metálicos que unem essa gangue conhecida como Headbangers!
Agitador cultural, headbanger, colecionador de vinis, leitor de hq’s e um dos produtores do único bloco de Rock’n’Roll do carnaval de Pirangi, Atrasados Para Woodstock.