CéU traz sua Caravana Sereia pela segunda vez a Natal em show para fãs

A Caravana da cantora paulista Maria do Céu, ou como é mais conhecida, CéU, aportou em Natal no último sábado (05), em um show enérgico para fã nenhum sair descontente. A noite teria sido bem mais interessante não fosse o atraso. A produção local avisou a todos para chegarem mais cedo, que o primeiro show da noite seria o de Céu, isto é, marcado para às 22h e a banda que abriria, Talma & Gadelha, se apresentaria depois. Àqueles que compareceram na hora marcada, bem como eu, tiveram de esperar enfadonhas três horas.

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A Caravana da Sereia animou a noite dos natalenses |Fotos: Silvia Correia e Leila de Melo

Sem muito o que fazer, o jeito foi se distrair conversando com os amigos, já que o show só foi ter início por volta de 1h da manhã. Com um ar tímido e tranquilo, CéU subiu ao palco trajando um vestido que lembrava as escamas da cauda de uma sereia, seu indefectível chinelo de dedo, cabelos cacheados soltos e toda sua malemolência. Gritos e mais gritos de “linda” e “gostosa” foram proferidos a exaustão que, até eu que nada tinha a ver, fiquei um tanto constrangida.

Na beira do palco, munida da minha câmera, me dei conta do quão intimista estava sendo aquele concerto. O salgado preço de R$ 50 afastou em parte o público que por ventura quisesse conhecer o trabalho da cantora e a boa parte, pra não dizer o público inteiro, que compareceu no sábado (05) ao Pepper’s Hall era composto por fãs. Fãs esses que sabiam cantar todas as letras, se animaram com os primeiros acordes das canções e não quiseram de forma alguma deixar o ídolo sair do palco.

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A abre alas do show foi a canção: “Fffree”e em seguida “Falta de Ar”, ambas do seu mais recente álbum (“Caravana Sereia Bloom”, 2012). A música com ares de canção de baile, “Amor de Antigos” foi gritada pelo público em coro. Tímida ou intimidada com os vários elogios, não sei ao certo, CéU agradeceu a presença do público e seguiu com mais músicas.

Seguindo o setlist do show, a cantora mandou uma sequência de três músicas que para mim foi um dos pontos mais altos da noite: “Contravento”, “Comadi” e “Retrovisor”. Depois do momento dançante, uma sequência de músicas mais intimista: “Sereia” e a matadora “Grains de Beaute”. Inusitadamente a paulista cantou “Piel Canela”, música famosa na voz de Nat King Cole e mais inusitadamente ainda, fez uma versão de “Mil e Uma Noites” do eterno Novo Baiano, Pepeu Gomes.

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Não que seja lá de grande importância pra você caro leitor, mas, o fato jornalístico não me deixa fugir de citar. CéU simpaticamente ao descobrir que alguém na plateia estava fazendo aniversário, prontamente adiantou-se em felicitá-la cantando um “Parabéns pra Você” para esta repórter que vos escreve. Sim, eu era a felizarda aniversariante da noite em questão.

Enquanto o “Baile da Ilusão” era cantado, olhei em volta e  identifiquei um público que se coloriu, pra espantar todo e qualquer pranto e regidos pelos decibéis da sereia paulista no palco, todos se entregaram ao som da cantora. Entre o fuzuê de alegria na plateia, as lembranças de outrora de viagens e vida que “Streets Of Bloom” deixaram um clima de nostalgia e tranquilidade aos pressentes. Um punhado de entusiasmados não perdiam a oportunidade de gritar o verso: “But I’m more alive than ever to trace my way”.

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Caindo na “Malemolência” e no clima de total êxtase que “Lenda” e “Rainha” proporcionaram (todas as três faixas do primeiro álbum homônimo da cantora), Céu abriu um largo sorriso com ares de que cumpriu seu dever. Antes de sair do palco ainda soltou a música pra encorajar os casais tímidos, “Chegar em Mim”.

Pra não dizer que não faltou de reggae, CéU voltou pro bis cantando “10 Contados” e “Concret Jungle”. O gostinho de quero mais e de uma futura vinda para tocar o projeto “Catch a Fire”, onde a paulistana toca faixa a faixa do emblemático disco de Bob Marley, pairou no ar, animação e público cativo não irão faltar. Assim a caravana da sereia foi-se deixando um rastro de alegria e satisfação em todos os presentes.

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Leila de Melo
Uma míope quase sempre muito atrasada, cinéfila por opção, musicista fracassada e cronista das pequenas idiotices da vida. Pra sustentar suas divagações é jornalista, roteirista e fotógrafa.
Leila de Melo

Leila de Melo

Uma míope quase sempre muito atrasada, cinéfila por opção, musicista fracassada e cronista das pequenas idiotices da vida. Pra sustentar suas divagações é jornalista, roteirista e fotógrafa.

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Telma Melo
9 anos atrás

Parabéns pelo texto e pelo aniversário. Não é toda fã que é homenageada assim pelo ídolo.

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