01 de dezembro está marcado por ser o Dia Mundial Contra a Aids. É destinado para gerar uma reflexão da importância de lutar por essa doença, que ainda mata milhões de pessoas espalhadas pelo mundo. A AIDS foi observada clinicamente pela primeira vez em 1981, nos Estados Unidos, após observar um grupo de pessoas que apresentavam a imunidade comprometida sem motivo aparente, assim como foi falado nesta matéria do programa Fantástico, exibido na década de 80.
Como inicialmente os primeiros infectados eram usuários de drogas injetáveis e homossexuais, a doença era conhecida de forma pejorativa de “doença gay”. Hoje é comprovado, contudo, que todos podem ser contaminado pela AIDS, uma vez que esta pode ser transmitida por relações sexuais sem preservativo, transfusão sanguínea, uso de drogas injetáveis e também pode ser passada de mãe para filho (parto, gravidez ou amamentação). O nome é uma sigla em inglês de acquired immunodeficiency syndrome.
Na língua portuguesa significa “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, transmitida pelo vírus HIV, que atinge os anticorpos existentes no corpo humano, fazendo com que o sistema imunológico fique fraco e, assim, adoeça facilmente. Geralmente, as pessoas não morrem de aids, mas por uma consequência da mesma. Por isso é comum os doentes terem câncer ou infecções, como gripe e resfriado.
Antes, poderiam morrer rapidamente, mas graças aos avanços da medicina, existem remédios que podem aumentar o tempo de vida do infectado. No Brasil, estes medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesta matéria especial, nós selecionamos cinco pessoas importantes, que partiram por conta da doença para causar reflexão sobre o assunto. Vidas brilhantes e importantes que foram retiradas por conta da Aids. Confira a seguir:
1) Michel Foucault
Michel nasceu na cidade francesa de Poitiers, no dia 15 de outubro de 1926. Suas teorias abordam a relação entre poder e conhecimentoe como eles são usados como uma forma de controle social por meio de instituições sociais. Embora muitas vezes seja citado como um pós-estruturalista e pós-modernista, apesar dele preferir se classificar seu pensamento como uma história crítica da modernidade. É bastante usado para pesquisas acadêmicas, um dos seus livros mais conhecido é “Vigiar e Punir” (1975). Foucault morreu em 1984, na cidade de Paris, devido a problemas neurológicos agravados por HIV; ele foi a primeira figura pública francesa que morreu por causa desta doença. Seu companheiro, Daniel Defert, criou a fundação da caridade em sua memória.
2) Freddie Mercury
Freddie Mercury é o nome artístico de Farrokh Bulsara. Foi um cantor, pianista e compositor nascido em Zanzibar, na Tanzânia, antiga colônia britânica. Quando ele ainda era jovem, se mudou para Inglaterra, onde estudou arte. Ele ficou mundialmente famoso como vocalista da banda britânica de rock Queen, que ele integrou de 1970 até o ano de sua morte, em 1991. A banda foi responsável por alguns hits, como “Love of My Life”, “Crazy Little Thing Called Love”, “I Want to Break Free”, “We Will Rock You” e “We Are Champions” .
3) Rock Hudson
Rock Hudson, nascido Roy Harold Scherer Junior, foi um ator americano conhecido por ser um dos maiores galãs da década de 1950 e 1960. Estrelou comédias românticas ao lado de Doris Day. Hudson também é reconhecido por papéis dramáticos em filmes como “Assim Caminha a Humanidade” e “Sublime Obsessão”. Nos últimos anos, ele encontrou o sucesso na televisão, com a novela “Dynasty”.
Fato, então, desconhecido do público, Hudson tinha sido diagnosticado em 1984, mesmo ano da morte de Foucault. O ator manteve sua doença em segredo, continuando a trabalhar. Após várias especulações, ele finalmente revelou que estava com AIDS em 1985 e morreu no dia 02 de outubro daquele ano, prestes a completar 60 anos. A revelação de Rock Hudson teve um impacto imediato sobre a visibilidade da AIDS, uma vez que os ativistas buscavam desestigmatizar a AIDS e suas vítimas, a revelação de sua própria infecção com a doença de Hudson foi visto como um evento que poderia transformar a percepção do público sobre a AIDS.
4) Gia Carangi
Gia Marie Carangi foi uma modelo norte-americana que ficou famosa no final da década de 70. Uma das primeiras grandes modelos existentes no mundo da moda. Aos 18 anos, já era queridinha de fotógrafos, como Richard Avedon, Helmut Newton, Francesco Scavullo, Arthur Elgort, Marco Glaviano e Chris von Wangenheim. No fim de 1978 ela era uma figura constante em lugares como o Studio 54 e adquiriu um vício em cocaína e heroína. O temperamento difícil fez com que ela perdesse importantes trabalhos e se afundando cada vez mais nas drogas.
Gia passou seus últimos três anos vivendo com parentes, com amigos ou com namorados e namoradas na Filadélfia ou em Atlantic City. Em 1986, ela descobriu que estava com AIDS e faleceu no dia 18 de novembro de 1986. Sua história virou um filme, produzido pela HBO e protagonizado por Angelina Jolie.
5) Henfil
Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil, foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor mineiro. Cursou Ciências Sociais na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), curso que abandonou após alguns meses. Foi embalador de queijos, contínuo em uma agência de publicidade e jornalista, até ter o contato com a produção de histórias em quadrinhos.
Começou a trabalhar na revista Alterosa, de Belo Horizonte, onde criou “Os Franguinhos”. Em 1965 passou a colaborar com o jornal Diário de Minas, produzindo caricaturas políticas. Em 1967, criou charges esportivas para o Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro. Também teve seu trabalho publicado nas revistas Realidade, Visão, Placar e O Cruzeiro. A partir de 1969, passou a colaborar com o Jornal do Brasil e com O Pasquim.
Apesar dos trabalhos no cinema, teatro, na televisão e literatura, mas ficou marcado mesmo por sua atuação nos movimentos sociais e políticos brasileiros. Após uma transfusão de sangue, acabou contraindo o vírus da AIDS. Ele faleceu vítima das complicações da doença no auge de sua carreira, no ano de 1988.
Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.