Creio que muitos, assim como eu, não tiveram o privilégio de vê-la em plena atividade, mas nutrem respeito e admiração por ela, que é considerada por muitos a maior intérprete da música brasileira: Elis Regina Carvalho Costa, ou simplesmente Elis. Com sorriso largo, voz marcante e afinação impecável, Elis se destacou nos festivais e atingiu o alto escalão da MPB, tornando-se única e inesquecível, uma referência para a música. Era diferenciada não apenas pela autenticidade de sua voz, mas pela interpretação que dava às canções, pelas suas performances no palco, provocando uma multiplicidade de emoções, introduzindo a música como uma injeção de significado em cada um que a ouvia/ouve.
Embora desde 1959 tenha se inserido profissionalmente na música, tornou-se conhecida apenas em 1965, ao vencer o I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, com a música “Arrastão”, de Edu Vila Lobos e Vinicius de Moraes. Na voz de Elis, canções de músicos pouco conhecidos na época, como Milton Nascimento, João Bosco e Adir Blanc, se tornaram verdadeiros hinos para aquela geração e até hoje são referências do contexto social vivenciado naquele período, como o grande sucesso “O bêbado e o equilibrista” de Adir e João Bosco.
Não tenho a intenção de fazer um apanhado histórico da vida e da carreira de Elis nesta postagem, embora vontade não me falte, mas fazer uma lembrança aos seus 70 anos, se estivesse viva, e também apresentar algumas novidades que estão por vir em celebração ao seu aniversário e principalmente a sua talentosa e memorável carreira. Confiram:
- Já não era sem tempo! Hoje será inaugurado o site oficial da cantora (www.elisregina.com.br), com discos disponíveis para audição, centenas de fotos, vídeos e depoimentos, além de alguns materiais inéditos. Também estará disponível um link para download gratuito do livro Viva Elis, de Allen Guimarães.
- No segundo semestre será relançado novinho em folha, com áudio restaurado, o álbum Elis (1972), que inclui canções como Casa no Campo, Mucuripe e Atrás da Porta.
- Também no segundo semestre, começará a gravação de um Filme sobre Elis, dirigido por Hugo Prata, conhecido por ter dirigido mais de 60 videoclipes. O roteiro será de Nelson Motta, Patrícia Andrade, Luiz Bolognesi, e do próprio diretor.
Precoce até em sua morte, aos 36 anos e no auge da carreira, Elis Regina não se deteve a MPB, aventurou-se pela Bossa Nova, jazz, samba e rock. E nessas ousadias pela música, fez parcerias importantes que só enriqueceram ainda mais o repertório da música brasileira. Eis que vos lanço um questionamento: e se estivesse viva, que tipo de música Elis estaria fazendo? Aguardo comentários!
https://www.youtube.com/watch?v=srfP2JlH6ls
Elis Regina Carvalho Costa
Porto Alegre 17/03/1945 – São Paulo 19/01/1982
Turismóloga e pós-graduanda em Administração Financeira (MBA). Apaixonada por Turismo, Música, História e Arte. Responsável pelo departamento de Marketing e Planejamento Financeiro d’O Chaplin.