“Carioca de certidão, mineiro de coração, Milton Nascimento integra o primeiro escalão dos nomes mais importantes da história da música brasileira”, assim começa a resenha da primeira parte do disco tributo produzido pelo Scream & Yell em homenagem a um dos maiores ícones do país e lançado na última quarta-feira, 10. Com repertório vasto, a escolha com certeza não deve ter sido fácil para os produtores, escolher um número limitado de músicas entre as mais de 300 composições do cantor.
Cheio das mais variadas referências, Milton passou pelas décadas mais efervescentes da segunda metade do século passado no Brasil. Viveu e soube viver entre mudanças culturais, sociais e políticas. Soube também apreciar, pois dos momentos difíceis, belas coisas podem ser produzidas e, claro, cantadas. E cantou! Lançou “Travessia” em 1967, seu primeiro disco, e nunca mais parou. Vieram depois grandes clássicos, como “Clube da Esquina” (1972), lançado em parceria com Lô Borges. “Caçador de Mim”, de 1981, é outra obra sempre relembrada pelos fãs. Já aviso desde já para que você escute estes discos depois de ouvir o tributo.
A homenagem conta com uma seleção também toda especial de artistas contemporâneos da música brasileira, desde os nomes enraizados na MPB, como também os da nova geração do Hip Hop. Nomes como Vanguart, Phil Veras, Pélico, Bárbara Eugênia e Karol Conka estão presentes nessa lista de 15 artistas convidados para a primeira parte do disco. A segunda parte dessa nova descoberta das mais de cinco décadas de música miltoniana está agendada para ser lançada dia 17/06.
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Estudante de jornalismo, com um tombo por cinema e literatura. Curte um festival de música assim como um bom gole de café. Enquanto não acha seu meu rumo, continua achando que é a pedra no meio do caminho.
