Finalmente entendi porque a famosa série de filmes com o galã Tom Cruise leva esse nome: é impossível mesmo. Impossível de acreditar, impossível de acontecer, impossível conter as críticas na sala de cinema e só não digo impossível de assistir, porque, no fim das contas, Missão Impossível é uma agradável comédia.
O filme não tem nada diferente das produções comerciais de ação que se tem visto por aí. Com a exceção de que as cenas mais parecem tiradas de desenhos animados de tão inacreditáveis. As que não são inacreditáveis, são clichês. Isso é, quando não são clichês e inacreditáveis ao mesmo tempo. Mas, em verdade, admito: as clichês (incluindo a escalada a um prédio gigantesco, o disfarce de casal em festa de gala, e a vilã que é jogada pela janela de um edifício) superam as inacreditáveis. Um show de produção (J.J. Abrams). Um desastre de roteiro e narrativa.
Quanto às atuações, atingem a média uma ou duas (nas quais Tom Cruise não está incluso). Alguns atores pareciam sequer ter tido aulas de como segurar uma arma – instrumento bastante frequente no filme. Direção, fail.
Vilões e mocinhos bem estereotipados, edição que não deixou a desejar, e trilha sonora característica, Missão Impossível: Protocolo Fantasma é bom para sentir o cheiro saudoso do suvaco de Hollywood. Afinal, nem só de arte vive o homem. Entretenhemo-nos, então!
Missão Impossível: Protocolo Fantasma (Mission: Impossible – Ghost Protocol)
País: EUA
Ano: 2011
Duração: 132 min
Direção: Brad Bird
Produção: J.J. Abrams, Bryan Burk e Tom Cruise
Roteiro: Josh Appelbaum e André Nemec
Com Tom Cruise, Jeremy Renner e Paula Patton
IMDb: http://www.imdb.com/title/tt1229238/

Jornalista, cinéfila incurável e escritora em formação. Típica escorpiana. Cearense natural e potiguar adotada. Apaixonada por cinema, literatura, música, arte e pessoas. Especialista em Cinema e mestranda em Estudos da Mídia (PPgEM/UFRN). É diretora deste site.