17 de fevereiro foi aniversário de um super-herói. Ele completou 78 anos. Conhece Kit Walker? Não? Por Christopher Walk? Ainda não? Entretanto, você conhece pelo seu nome de guerra, o Fantasma. O criador do primeiro herói com aquele estereótipo que conhecemos (roupa colada+cueca+máscara) é Lee Falk e sua primeira tirinha foi publicada nesta data, no ano de 1936, e era em preto e branco, pois a colorida só veio três anos depois.
A história desse super-herói retrata um justiceiro que vive na ilha fictícia Banguela. Acompanhado do lobo Capeto e o cavalo Herói, Kit Walker ajuda a proteger os nativos e a ilha contra os inimigos. Ele não tem poderes mágicos, usa somente as habilidades físicas.
Seu uniforme é roxo e armazena duas armas de calibre 45 que ficam em um cinturão preto no qual possui uma fivela imitando uma caveira, sua marca registrada. Ele usa dois anéis: um usado para o bem, que aplica nas pessoas que quer proteger, e o outro tem a caveira, que fica cravada nos criminosos quando ele aplica potentes socos.
Os nativos da ilha acreditam que ele é o “Espírito que caminha”, uma vez que veem o herói há quatro séculos. Porém, eles não sabem que o Kit Walker faz parte da 21ª geração de homens, da mesma família, que defendem a selva como o Fantasma.
Kit é casado com Diana Palmer, que trabalha na Organizações das Nações Unidas (ONU). Um ano depois, nascem os gêmeos Kit e Heloise. Algumas vezes, ele viaja para fora da selva e vai até a cidade usando sobretudo, óculos escuros e chapéu. Quando compra alguma coisa, o Fantasma paga com pedras preciosas.
No Brasil, a primeira tirinha foi publicada em março de 1936 para o jornal Correio Universal e em dezembro começou a ser publicado pelo jornal A Gazeta. Já o primeiro quadrinho foi lançado nas regiões tupiniquins somente no ano seguinte. As histórias de Kit Walker já estamparam as revistas O Gibi, O Globo Juvenil e depois uma edição própria na editora RGE, em 1953.
Na RGE chegou ter histórias desenhadas por quadrinistas brasileiros, como Walmir Amaral, Júlio Shimamoto, Gutemberg Monteiro, Miguel Piedra, José Menezes, Milton Sardella, Evaldo de Oliveira e Antonio Homobono. A editora lançou edição com o herói até 1986.
O Fantasma também teve títulos pelas Editoras EBAL, Saber, L&PM, Livraria Civilização, Opera Graphica, Editora Activa, Nova Sampa e Mythos Editora. Em agosto do ano passado, o selo Ediouro publicou as sagas Os Piratas do Céu (1936–1937) e A Volta dos Piratas do Céu (1941–1942). As histórias contam com o roteiro Lee Falk (criador do personagem) e a arte, de Ray Moore.
Curiosidades
- O uniforme do Fantasma era para ser vermelho. Entretanto, problemas gráficos deixaram a vestimenta com a cor roxa. A roupa dele teve outras cores, como azul, nas publicações em outros países. As primeiras edições brasileiras mostravam o uniforme vermelho.
- Existe um filme do herói feito em 1996, estrelado pelo ator Billy Zane (vilão de Titanic). Foi um fracasso de bilheterias e de críticas. Entretanto, as vendas do VHS e DVD foram um sucesso.
- Em 2013 foi lançado um outro filme baseado no personagem, que no Brasil ficou conhecido como “22º herdeiro”. O enredo conta de um garoto que descobre que pertence a uma linha de sucessão de justiceiros, conhecido como Fanstama, que protegem a ilha de Banguela.
- Coincidência ou não, Kit Walker é o nome de um personagem do ator Evan Peters, na segunda temporada de American Horror Story.
- Tanto a Marvel quanto a DC Comics publicaram histórias do herói.
- Lee Falk também criou o herói Mandrake.
Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.