O Presente é um daqueles pequenos filmes que buscam se destacar por sair um pouco da caixa e tentar algo um pouco diferente do usual. Com um orçamento girando em torno de modestos cinco milhões de dólares, o longa foi escrito e dirigido por Joel Edgerton (Aliança do Crime, O Grande Gatsby), que não satisfeito, também estrela o filme, interpretando “Gordo”, um sujeito estranho que insiste em aparecer na casa de Simon, um antigo colega de escola que acabou de se mudar com sua esposa “Robyn” para a cidade, devido a um drama familiar.
Além das visitas inesperadas, Gordo dá presentes ao casal, sem aparente motivo. Simon parece se sentir cada vez mais incomodado com a situação, enquanto sua solitária esposa vê Gordo como alguém que precisa de atenção, criando com ele uma relação de empatia. A situação vai chegando ao limite, até que Simon pede para que Gordo se afaste de sua casa, o que deixa sua esposa assustada e desconfiada.
Robyn começa um investigação por conta própria, com o objetivo de descobrir o porquê do comportamento tão esquisito dos ex-colegas. Embora o que ocorra a seguir não seja exatamente algo impossível de prever (foi o meu palpite desde que vi o trailer), prefiro não dar spoilers aqui.
O que posso dizer é que além de um filme de suspense, O Presente tem duas coisas que o fazem ser bem-sucedido: uma premissa bem definida e uma discussão social como plano de fundo. Embora não se coloque como um dos melhores filmes da temporada, não deve decepcionar quem se arriscar a ir ao cinema para conferir um filme menos badalado neste fim de ano.