Octodad – Dadliest Catch: água fresca numa maré de mesmices

Um bom jogo pode ser excelente por diversas razões: qualidade, originalidade, criatividade, beleza, trilha sonora, gráficos, fotografia (aquela mesma analisada no cinema) e outras coisas mais.  O mercado de games tem evoluído de forma exponencial, mas ele tem crescido para dentro de si mesmo, ou seja, quando um jogo bom é lançado, diversos outros serão lançados copiando o que deu certo naquele título. Como exemplo, podemos citar os jogos do Batman, que é uma das melhorias franquias de heróis (em minha opinião). Existe uma lista imensa de jogos que entraram no barco do Batman e saíram copiando o seu estilo.

Pensando em cópia e jogos saindo aos montes, podemos lembrar da quantidade absurda de herdeiros do pássaro mais famoso do mundo: Flappy Birds. Na App Store e na Play Store a quantidade de aplicativos similares que começaram a pipocar é gigante. Não esquecendo o gênero mais famoso atualmente: MOBA. Nosso amado e-sport, com os deuses League of Legends e Dota 2. Existe uma quantidade ainda maior de games que estão entrando nessa onda, buscando sua fatia do bolo e de mercado.

Talvez seja uma tecla em que eu bata muito, mas essa é uma pauta importantíssima de se levantar: a mesmice. Será que os jogos atualmente não estão copiando uns aos outros e criando verdadeiros monstrinhos? Monstrinhos que não possuem identidade, apenas uma aparência com algo que deu certo. Todavia, respirando um pouco além, encontrei um dos jogos mais divertidos e engraçados que joguei nesses últimos anos, não é pequena coisa não, caro leitor. Falamos aqui de Octodad: Dadliest Catch.

steamworkshop_webupload_previewfile_92915329_preview
Octodad em seu casamento

Você agora se pergunta: “Por que ele é bom?”. E eu lhe responderei: “Porque ele é único!”. Imagine você, pegar um molusco muito gente boa, que consegue se passar por um humano e ajudá-lo a desenvolver as tarefas de um pai de família, sem que as outras pessoas descubram que você não é um homem e sim um polvo!  Octodad é um polvo que saiu do alto mar e resolveu ter pinta de malandro e se fingir de gente, o que pode dar muito certo, ou não, dependendo única e exclusivamente do jogador realizar as atividades da forma como devem ser feitas.

Ficha técnica

Desenvolvedora Young Horses, Inc.
Publicadora Young Horses, Inc.
Diretor Kevin Zuhn
Produtores Kevin Geisler
Designers Majdi Badri, John Murphy, Seth Parker, Kevin Zuhn
Programadores Kevin Geisler, Devon Scott-Tunkin
Artistas Chris Stallman
Escritores Kevin Zuhn, Majdi Badri
Compositores Seth Parker
Engine Irrlicht Engine, PhysX
Plataformas Linux, Microsoft Windows,OS X,PlayStation Network
Datas de lançamento Linux, Microsoft Windows & OS X: 30 de Janeiro de 2014
PlayStation Network: (Estados Unidos) April 22, 2014 e (Europa) 23 de Abril de 2014

Pontos Positivos

A jogabilidade pode parecer confusa e nada intuitiva, mas nada que alguns minutos para você acostumar não resolvam. Logo você vai sair agarrando portas, janelas, xícaras, canecas, brinquedos e tudo o que você encontrar pela frente. Esse para mim é o ponto mais alto do jogo, nada do que nós executamos no dia a dia é fácil para Octodad, você precisará de paciência para realizar as funções com calma, para que os seus filhos, a sua esposa e quem estiver olhando não desconfie de você.

Quando pegamos alguns objetos, eles saem fazendo a maior sujeira, quebrando, destruindo coisas do cenário, tornando a jogatina engraçada e bastante divertida. Quando as pessoas falam com o protagonista, o inglês é a língua usada, mas quando ele responde, uma língua de molusca é utilizada e as pessoas entendem em inglês. Aquela cara de “hã?” é natural, mas com o tempo é mais divertido do que qualquer outra coisa. Sem contar as cenas em que você precisa fugir de um peixeiro, que sabe que você não é humano, ou de biólogos, num aquário que Ocotodad é obrigado a ir e tem que se esconder para não ser descoberto. Os gráficos são bem bonitos e satisfatórios.  O multiplayer é divertidíssimo, fazendo com que cada player controle uma parte do corpo do protagonista, tornando o game  ainda mais divertido.

Octodad e sua família
Octodad e sua família

Pontos negativos

Aqui lembrando a jogabilidade confusa, anteriormente citada, e que podemos apresentar como um ponto negativo inicialmente. Apesar de divertido, com o tempo os puzzles podem se tornar enjoativos, algumas fases são de dificuldade extrema, e podem fazer o player se irritar com facilidade caso não mantenha a calma nas partes mais difíceis. Alguns momentos são tão nonsense que fica aquela pergunta se uma pessoa em sã consciência não perceberia que não é um homem e sim um polvo, mas se os desenvolvedores acreditaram que não, quem sou eu para julgar, né?

VALE A PENA?

Muuuuuuuuuuuito! O jogo é divertido, te deixa com vontade de fazer os novos desafios que vão surgindo no decorrer do gameplay e conta com uma história bem engraçada, apesar de “água com açúcar”, podendo soar meio infantil. Mas quem se importa? Todo mundo ama o Mario e ninguém fica dizendo que buscar moedas em meio a canos é coisa de criança, então o jogo compensa cada centavo. Ele é inovador, possui personagens carismáticos e garantirá uma boa quantidade de risadas, caso você tenha um inglês um pouco mais avançado.

Quase impossível manter as coisas arrumadas com esse polvo malandro
Quase impossível manter as coisas arrumadas com esse polvo malandro

RESUMO

Pontos Positivos

  • Cenários destrutivos;
  • Liberdade de exploração dos cenários e objetos;
  • Tom engraçado na narrativa da história;
  • Gráficos bonitos;
  • Coop divertido.

Pontos Negativos

  • Jogabilidade inicial confusa;
  • Puzzles repetitivos;
  • Puzzles complexos devido a nível alto de dificuldade;
  • Situações fora da realidade proposta pelo game.

Confira um gameplay e divirta-se!

Compartilhe

Matheus Geres
Analista de Sistemas, nas horas vagas web designer, estudante de Sistemas de Informação, apaixonado por Tecnologia, Informática, videogames, rock n’ roll, boa música, teatro, cinema, gibis e quadrinhos. Se um sorriso resolvesse todas as coisas, seria uma pessoa muito bem resolvida com a vida. Além disso, Cristão por escolha e amor, amante das pessoas e do calor humano.
Matheus Geres

Matheus Geres

Analista de Sistemas, nas horas vagas web designer, estudante de Sistemas de Informação, apaixonado por Tecnologia, Informática, videogames, rock n' roll, boa música, teatro, cinema, gibis e quadrinhos. Se um sorriso resolvesse todas as coisas, seria uma pessoa muito bem resolvida com a vida. Além disso, Cristão por escolha e amor, amante das pessoas e do calor humano.

Postagens Relacionadas

Rugido_2
Lista: 3 séries feministas para assistir na Apple TV+
Não é de hoje que sou entusiasta emocionada do streaming da Apple, o Apple TV+. Dentre os motivos, estão...
foto da revista capituras
Capituras: revista cultural potiguar com foco em produção de mulheres é lançada
O Rio Grande do Norte acaba de ganhar a primeira revista cultural com foco na produção artística realizada...

Deixe uma resposta

0 0 votes
Classificação do artigo
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
0
Would love your thoughts, please comment.x