Era assim que um garoto de 16 anos, dirigindo ambulâncias da Cruz Vermelha em plena Primeira Guerra Mundial enxergava o mundo. Dizendo que não fazia filmes para crianças, mas sim para cada criança dentro de nós, Walter Elias Disney foi produtor cinematográfico, filantropo, diretor, cineasta, animador, dublador, empreendedor e roteirista, além de co-fundador da The Walt Disney Company. Apesar da sua fama pela criação do personagem Mickey Mouse, o primeiro longa-metragem do Walt Disney foi A Branca de Neve e os sete anões, animação extraída de um dos contos de fadas dos irmãos Grimm, tema do post de hoje.
O filme representa um eterno marco na história do cinema, pois também foi o primeiro longa-metragem animado a ser produzido. Walt arriscou tudo o que tinha para torná-lo realidade, sendo alvo de farpas da mídia que considerava a ideia como insensata, chamando-a de “a tolice de Disney”. Era comum falarem que as pessoas jamais suportariam ficar sentadas assistindo cerca de 90 minutos de animação com cores fortes (espalhando que machucariam os olhos) e com piadas entediantes. No entanto, Walt se sentiu seguro para apostar as fichas no longa ao observar que, na Europa, era comum que os cinemas exibissem de 8 a 10 curtas do Mickey em uma única sessão, e mais… As pessoas adoravam. Então, pensou ele, se fazem isso com o Mickey Mouse, provavelmente o farão com um animado bem produzido e com uma estória intrigante. O resultado? Um lucro de milhões nas bilheterias, gerações sendo marcadas e o começo do império de um homem.
Uma das curiosidades do filme é que ele não foi tão fiel ao conto dos irmãos Grimm: Os anões não possuíam personalidade específicas nem nomes; para a versão da Disney, mais de 50 personagens foram nomeados e dotados de uma personalidade elaborada. O conto também se diferencia por ser mais tenebroso, pois a Rainha tenta matar a Branca de Neve várias vezes e de maneiras diferentes, o que foi adaptado para apenas uma tentativa na animação. O final da estória também foi modificado: Na animação, o encanto da maçã só seria quebrado com o primeiro beijo de amor, mas no livro, o príncipe pede que os anões carreguem a moça e no momento em que um deles tropeça em uma pedra, faz com que a maçã pule da garganta da princesa. Esses irmãos Grimm… Qual a melhor versão, na sua opinião? O que está achando dessa semana e do blog? Mostre sua opinião e dê aquele pitaco!
Estudante de Enfermagem que se mete em letras, músicas e desenhos. Segue a filosofia de que a vida é muito curta para gastá-la com preocupações. Dificilmente algo conseguirá surpreendê-la. Lê tudo, assiste tudo, vê o lado bom de tudo. É editora deste site.
Apesar de que Alice no país das maravilhas ter sido o único conto de fada que mexeu comigo, claro que a melhor versão é a que não envolve amor nesse caso. Talvez minha infância tivesse sido salva se a Disney tivesse aceitado a estória como ela realmente deveria ser.
Ana Clara, você escreve muito bem. Dá até interesse de ler mais e mais.
Adorei.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Dos clássicos Disney, gosto demais de MOWGLI e ALICE.
O Falcão Maltês