Stomp: apresentação internacional chega aos palcos natalenses nesta terça

Quem optar por sair na noite desta terça-feira (5) vai ter uma opção fantástica, pois essa será a noite de abertura da apresentação do grupo inglês “Stomp”, no Teatro Riachuelo. A trupe está em excursão há 24 anos e já realizou mais de 20 mil shows, tendo se apresentado para cerca de 12 milhões de pessoas. Esta é a quarta vez que vêm ao Brasil, sendo que a primeira vez no Nordeste.

Antes de Natal, eles se apresentaram em Fortaleza. Desde o mês passado, contudo, já estiveram nos palcos dos teatros das cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Esta é a maior turnê que o Stomp já fez nas terras tupiniquins.

Marivaldo dos Santos é o único integrante brasileiro do Stomp (Foto: Steve McNicholas)
Marivaldo dos Santos é o único integrante brasileiro do Stomp (Foto: Steve McNicholas)

“A expectativa é que a gente faça um bom show, o povo nordestino é para frente e alegre. Muitos que compõem o Stomp são europeus, estão muito empolgados e fascinados com a cultura nordestina”, disse o percussionista Marivaldo dos Santos, o único integrante brasileiro da turma.

Santos, que está com o Stomp desde 1996, comparou estes três dias de apresentação em Natal (também haverá shows nos dias 6 e 7 de maio) com um jogo no estádio do Maracanã, cuja a vibração do torcedor “tem uma energia muito forte”.

Sua entrada no grupo se deu quando um amigo o indicou para concorrer contra outros dois mil percussionistas à uma vaga no elenco fixo do Stomp, e deu certo. Em Salvador, ele já trabalhava com percussão e também era surfista. Nos Estados Unidos, já chegou a tocar no Central Park, como “uma forma de ter seu ganha pão” e chegou a tocar com Lauryn Hill e Sting.

Atualmente, Marivaldo dos Santos tem um projeto na capital baiana junto com o Stomp chamado “Quebrales”, que ensina percussão para 60 pessoas e une a música baiana com o som característico do grupo europeu.  “Esta é a única escola que tem o aval dos criadores do Stomp em Salvador”, garantiu.

O grupo foi criado na cidade de Brighton, em 1991, por Luke Cresswell e Steve McNicholas, que já  trabalharam juntos com a banda de rua Pookiesnackenburger e do grupo teatral Cliff Hanger.  A pré-estreia no London’s Bloomsbury Theatre foi sucesso de crítica e de público. Desde então não pararam de fazer apresentações, participações e até realizar trilha sonoras para filmes.

Como funciona a apresentação? Eles utilizam o próprio corpo e objetos comuns no nosso cotidiano para fazer o show, como latas de lixo, canos, vassouras, trema, caixa de fósforo, fita métrica e outras coisas. “Mesmo com membros de diferentes países, o show é global. Cada um tem sua cultura e isto ajuda a construir a apresentação. Por isso, o público se sente mais à vontade”, afirmou Marivaldo.

O percussionista disse que o motivo para que o Stomp ficasse tanto tempo em cartaz seria a utilização da música como uma linguagem universal, além de fazer com que pessoas de todas as idades e estilos fiquem envolvidas com a apresentação. “A gente utiliza a linguagem que qualquer pessoa entende, a música. É uma linguagem popular mundial”, comentou.

Marivaldo comentou que quem for assistir Stomp pela primeira vez e quem já teve a oportunidade de conferir o som do grupo vai ter uma experiência única e nova. Além disso, garantiu que os brasileiros vão ficar cada vez mais conectados com a apresentação.

“O show tem muita interação com o público. A gente vai de acordo com a animação. Nós sabemos que se tiver muita animação, o povo brasileiro vai interagir junto e levantar da cadeira do teatro. Isto é muito legal. O Stomp é nada mais e nada menos que uma festa brasileira”, avaliou.

SERVIÇO 

Stomp em Natal

Data: 5 a 7 de maio 2015 (Terça e Quinta às 21 horas. Nas quartas tem duas sessões, às 17h30 e 21 horas)
Onde: Teatro Riachuelo (3º Piso do Shopping Midway Mall)
Informações: www.teatroriachuelo.com.br

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Lara Paiva
Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.
Lara Paiva

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9 anos atrás

[…] Antes de assistir ao espetáculo, eu consegui entrevistar Marivaldo dos Santos, que desde 1996 faz parte da trupe e é o único integrante brasileiro. Ele havia me dito, no bate-papo via telefone, que a expectativa do povo era a melhor possível e que estavam bastante curiosos por saber como era o público nordestino. […]

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