Confesso que fui com muita sede ao pote na ocasião em que fui assistir o novo fim do mundo de J. J. Abrams e Steven Spielberg. Ora, eu gosto de J. J. Abrams. O cara prendeu minha atenção durante cinco temporadas na melhor série que já assisti, a incomparável Alias (que saudade!). Quanto a Spielberg, já não gosto muito. Mas tenho de convir que o tio tem uma criatividade digna do sucesso que faz. Sem contar os seus enredos, sempre mirabolantes, e a direção de elenco invejável. Embora não seja o meu diretor favorito, não menosprezo o seu trabalho.
Então, nada mais que justo que ficasse “tinindo” para assistir uma película produzida por Spielberg e dirigida por J. J. Abrams. Que perda de tempo! Que perda de dinheiro! Que ilusão!
Super 8 é uma espécie de “Spielberg só para baixinhos”. De Abrams vi pouco ali. Havia um monstro gigantesco (e bonzinho, é claro) que come gente (parece familiar?), herois (crianças), uma cidade em caos (lógico, ou não seria Spielberg), e uma porção de efeitos especiais, ao passo que um trem bate em uma caminhonete, e acontece uma explosão que dura dois minutos, voam pedaços para tudo quanto é lado, mas o motorista continua lá, firme e forte. Good old Steven.
Para completar a fase Xuxa da dupla, tem até aquele romancezinho adolescente e sem beijo, sustentado por olhares apaixonados e abraços significativos enquanto carros e vacas voam atrás dos protagonistas. Meigo. Posso dizer que do ponto de vista técnico, seguramente, a única coisa que me chamou atenção foi a atuação da jovem Elle Fanning, que aos treze anos de idade, já atua melhor que sua premiada irmã, Dakota Fanning. E olhem que o enredo não era dos melhores. Joguem essa garota para Peter Jackson ou Woody Allen para verem o estrago!
A critério de avaliação, eu diria que Super 8 está acima de Sharkboy e Lavagirl e abaixo de Shrek. Pelo sim e pelo não, levem seus filhos para assistirem O Mágico, em cartaz no Cinemark em uma das sessões do Cine Cult.

Jornalista, cinéfila incurável e escritora em formação. Típica escorpiana. Cearense natural e potiguar adotada. Apaixonada por cinema, literatura, música, arte e pessoas. Especialista em Cinema e mestranda em Estudos da Mídia (PPgEM/UFRN). É diretora deste site.
Eu sinceramente não sei o que aconteceu com o Spielberg de A Cor Púrpura, hoje em dia ele só sabe fazer filme/séries de: E.T. e fim do mundo.
Ainda não vi, mas estou curioso.
O Falcão Maltês