Na segunda-feira, 09, fomos surpreendidos por mais um lançamento musical nas terras do tio Poti, afirmando que, de fato, o Rio Grande do Norte é o atual estado do rock brasileiro: Talma&Gadelha divulgam o Mira, terceiro álbum da banda queridinha de Natal. Aqui a guitarra chora, a bateria ensurdece, o baixo encanta e o vocal poetisa. Do pop rock à um rio de influência e inspirações, o novo disco traz um novo começo para a banda, consolidando a atual formação desde a saída de Emmily Barreto e Cris Botarelli.
Particularmente sou fã da banda, pois Talma&Gadelha possuem aquilo que eu chamo de “eu problemático”, um estado particular que às vezes nos encontramos pensativos e reflexivos sobre algumas fases da vida, ou até o momento atual, seja ele bom ou ruim. Esse “eu problemático” é aquele tapa na cara, a verdade jogada no ventilador, a necessidade de aceitar o que acontece e seguir em frente.
Escutando Mira, e principalmente a faixa Me Fodi, me encontrei de frente ao espelho ouvindo muitas coisas que de fato deveria ter dito pra mim mesmo em alguns momentos. Como num jazz, a bateria lenta marcando os passos e a doce voz de Simona Talma cantando a terrível dúvida de um sentimento. Como reagir nesse momento? Eu não sei. Bons Conselhos para Humanos é a célebre lista individual de cada um, para quem acredita em destino e na ideia de que tudo o que vai sempre volta, então deixo o recado: “aproveite as horas com alguém, e faça bem e queira bem”. O disco ainda é composto por Valentina, Ioiô, Babalú, Me Beija, O Amor é Meu Vício, Halls Preto, Saquei e Meu Croissant.
O álbum faz parte do projeto Incubadora Dosol 2014/2015, com apoio do Rumos Itaú Cultural. As gravações foram todas no Estúdio Dosol em Natal com produção de Henrique Geladeira (guitarrista do grupo) e direção artística de Anderson Foca e Ana Morena (Incubadora Dosol). A mixagem e masterização ficaram a cargo da equipe do Estúdio Costella, em São Paulo, liderada Chuck Hipolhito e Paulo Senoni. Faça o download agora no site do DoSol e escute o disco.
Estudante de jornalismo, com um tombo por cinema e literatura. Curte um festival de música assim como um bom gole de café. Enquanto não acha seu meu rumo, continua achando que é a pedra no meio do caminho.
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