O metal brasileiro está inundado de coisas boas e esse ano foi primoroso! O lançamento do álbum “The mediator between head and hands must be the heart” trouxe um Sepultura como nunca vimos (tão vigoroso como você nunca ouviu), Kiara Rocks lançou seu novo CD “Daqui Por Diante”, Hibria com o seu poderoso álbum “Silent Revenge”, Woslom e seu trash metal com “Evolustruction” (diga-se de passagem, muito parecido com o Megadeth e principalmente seu vocalista Chicão, mas deixemos isso de lado por enquanto, o disco não deixa de ser bom), e nesta semana saiu o CD de umas das novidades e promessas do power metal/heavy metal brasileiro. Sim, estamos falando de Edu Falaschi, mas não com o Angra, estamos a discorrer sobre o Almah! O projeto se iniciou com o Edu ainda no Angra e que hoje se tornou o seu projeto principal (já era tempo).
A proposta que todos esperavam era muito simples: power metal de qualidade, velocidade, batidas fortes e um vocal poderoso, variando de tons mais agudos aos mais graves. Edu diz: só que não. Ele fez muito mais que isso, ele trouxe todos os álbuns do Almah num único! Identificou tudo o que havia de bom nos que foram construídos até aqui e “pimba”, apertou o gatilho. O barulho e estrago estão bem grandes! Edu combinou tudo que ele aprendeu no Almah, como produtor, e seu gosto pessoal na criação de “Unfold” que significa descobrir, abrir, revelar, etc. Quando você abre a capinha azul e colocar para o disco para tocar, perceberá que o título de ousado não tem absolutamente nada. Este CD caminha do power metal, rock n’ roll, trash metal, baladas (típicas de bandas de metal e pop rock), além do metal que quem curte a banda certamente gosta de ouvir. O CD está dentro da obrigação de qualquer fã de power metal (inclusive fãs do Angra), speed metal e heavy metal em geral. O disco possui bastante groovadas, tornando o trabalho ainda mais excepcional, a mudança do ritmo de uma música para a outra, sem que perca qualidade ou o foco que eles pretendiam alcançar.
Destaco ainda que as músicas mais bonitas e ao mesmo tempo pesadas (por que não, hein headbanger?) são as executadas em conjunto com o piano. Exatamente! “Raise the Sun”, balada e primeiro single da banda comprova isso, a introdução não faria o menor sentido sem aquele toque mais erudito, que levou a música para fundamentos mais básicos ao mesmo tempo em que se renova. Num tempo de tantas cópias, o Almah se reinventou. Tem músicas parecidas com os outros CDs? Claro que sim, mas é bem difícil que em todas as músicas algum CD do Almah apareça na memória. Destaco outra coisa, a voz do Edu Faleschi soa tão boa quanto no tempo em que ele estava no Angra! Não me chame de poser, por favor! Ora essa. Como conhecedor do trabalho do Angra e do Almah, sei que não tem muito a ver ponderar dessa forma pois, apesar de dentro do mesmo estilo “metalístico”, os sons são diferentes, contudo, o Edu mostra mais que no último álbum “Emotion” o seu poder de ir e vir nas notas agudas e graves. E pare de comparar com o André Matos também, senhor headbanger! O André fez o Angra ser épico na sua época, mas o Edu não perde nada em qualidade, agora se formos comparar o alcance de voz, não há como negar a superioridade do André.
Confira a música “Raise the sun” liberada pela banda em seu canal do Youtube, como também o CD na íntegra pelo rdio, você só precisará fazer um pequeno cadastro ou se integrar ao Facebook para ter acesso total as músicas.
Analista de Sistemas, nas horas vagas web designer, estudante de Sistemas de Informação, apaixonado por Tecnologia, Informática, videogames, rock n’ roll, boa música, teatro, cinema, gibis e quadrinhos. Se um sorriso resolvesse todas as coisas, seria uma pessoa muito bem resolvida com a vida. Além disso, Cristão por escolha e amor, amante das pessoas e do calor humano.