Celtic Legends: Um show de tradição e cultura irlandesa

O Teatro Riachuelo recebeu, no dia 10 de novembro, o espetáculo “Irish Dance Live”, do grupo Celtic Legends. Com quase duas horas, a apresentação contou com um mix de danças e músicas tradicionais irlandesas e não faltaram aplausos, interação dos integrantes com a platéia, além de todo o conhecimento cultural que foi proporcionado.

O grupo é formado por jovens bailarinos que, em sua maioria, nasceram na cidade de Galway, a quarta maior da Irlanda, no ano de 2001. Eles possuem uma enorme reputação devido a sua contribuição à música e a dança irlandesa. Um dos diferenciais desse espetáculo é que a música é executada ao vivo, o que traz maior interação com a platéia, que por sinal se divertiu bastante – os gritos e aplausos me deram essa impressão! A coreografia foi montada por Jacinta Sharpe e a direção musical é do gaiteiro Seán Mccarthy.

A dança irlandesa possui várias versões, de acordo com cada região do país. Atualmente é possível encontrar jigs, reels, half sets, algumas polkas, além do que foi apresentado pelo grupo, uma espécie de sapateado. Tudo remete a tradição celta, tanto nas coreografias, quanto nas roupas – a maioria na cor verde. Além da performance coletiva dos bailarinos, também houve um momento em que um deles, provavelmente o mais experiente, faz um número solo. Iniciou pedindo aplausos da platéia, de forma sincronizada, mas não obteve êxito. Após algumas tentativas e muitas risadas, executou então seu solo com bastante maestria e movimentos rápidos e precisos levando as pessoas a aplaudirem de pé.

Vale ressaltar que a apresentação não é composta apenas de dança – e foi essa a parte que me chamou atenção. Como já foi citado antes, a parte musical é executada ao vivo e isso traz uma agradável surpresa. É possível acompanhar o desempenho dos participantes em performances diversas, por exemplo, o rapaz que toca o violão também é cantor e em alguns momentos, coloca sua voz para fora.

A parte dos solos também é bem explorada, além da violonista e do flautista, dois instrumentos da região se destacam. Um deles é o “bohdrán”, um pequeno tambor parecido com um tamborim e o outro é bem específico e tem um som incrível, o “Uilleann Pipes” (Gaita Irlandesa), uma gaita de fole bem famosa, mas que é diferente da escocesa, tendo em vista que essa não é de sopro.

Foi interessante conhecer um pouco mais da cultura irlandesa já que, particularmente, tenho interesse em um dia visitar o país. A casa não chegou a ficar lotada, mas tinha um público muito bom, dado o horário e o dia. Acredito que a maioria aproveitou e curtiu bastante já que o grupo chamava as pessoas para participarem, seja através de gritos ou aplausos. Ah, eles tem mais de 700 apresentações na Europa e cerca de mil em todo o mundo!

Outro detalhe importante: a produção garante que você nunca irá ver o mesmo show duas vezes. Será mesmo?! Agora só resta esperar que eles desembarquem mais uma vez em nossas terras para comprovar essa afirmação.

Compartilhe

Caio Rodrigues
Graduado em Comunicação Social(UFRN), vai do rock ao samba, do Poderoso Chefão a Toy Story, como cantava Adoniran Barbosa, “Deus dá o frio, conforme o cobertor”.
Caio Rodrigues

Caio Rodrigues

Graduado em Comunicação Social(UFRN), vai do rock ao samba, do Poderoso Chefão a Toy Story, como cantava Adoniran Barbosa, "Deus dá o frio, conforme o cobertor".

Postagens Relacionadas

Rugido_2
Lista: 3 séries feministas para assistir na Apple TV+
Não é de hoje que sou entusiasta emocionada do streaming da Apple, o Apple TV+. Dentre os motivos, estão...
foto da revista capituras
Capituras: revista cultural potiguar com foco em produção de mulheres é lançada
O Rio Grande do Norte acaba de ganhar a primeira revista cultural com foco na produção artística realizada...

Deixe uma resposta

0 0 votes
Classificação do artigo
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
0
Would love your thoughts, please comment.x