Enquanto brasileiros pulavam o carnaval e os americanos (e o restante do mundo) permaneciam ansiosos por causa do Oscar, na última sexta-feira (28), os franceses já conheciam seus melhores atores e filmes. Era a 39ª edição do César, uma espécie de “Oscar francês” (por mais que o xiitas abominem o termo), que estava sendo entregue numa cerimônia em Paris.
A Academia Francesa de Cinema não reservou surpresas, consagrando o longa Les Garcons et Guillaume, à Table. Em janeiro, a comédia – sucesso de público na França – havia recebido dez indicações. Na última sexta-feira, levou cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator (Guillaume Gallienne, de Asterix e Obelix: Ao Serviço de Sua Majestade) e Melhor Roteiro Adaptado. O longa de Guillaume Gallienne que, além de se dirigir, interpreta a si mesmo, foi visto por mais de 2 milhões de espectadores desde sua estreia na França, em novembro de 2013.

A Melhor Direção ficou para Roman Polanski (O Pianista), pelo filme Venus in Fur, cuja história é a de uma atriz que tenta convencer diretor como ela é perfeita para um papel em sua próxima produção. Já os filmes de temática homossexual Azul é a Cor Mais Quente – que ganhou a palma de ouro em Cannes – e Um Estranho no Lago – eleito o melhor filme do ano pela tradicional Cahiers du Cinema – renderam prêmios revelação para seus atores: Adèle Exarchopoulos ganhou por Azul… e Pierre Deladonchamps, por Um Estranho no Lago.

O maior destaque, entretanto, foi a entrega do César Honorário. A homenageada desse ano foi Scarlett Jonhansson. Recentemente, a inscrição de Johansson para a categoria Melhor Atriz – pelo filme Her – foi rejeitada pela Academia, que não considerou sua performance elegível pelo fato de ela “apenas” dublar o sistema operacional por quem Theodore (Joaquin Phoenix) se apaixona.
A atriz norte-americana recebeu o troféu das mãos de Quentin Tarantino, que afirmou que teria votado nela se ela estivesse indicada. Após receber o prêmio do diretor de Django Livre, Jonhansson agradeceu a homenagem o prêmio e alegou, em uma declaração cheia de significados, que “o César é um refúgio cultural”.

E você? Considerou também injusta a não-indicação de Scarlett Jonhansson? Dê a sua opinião!
Sagitariano carioca que mora em Natal. Jornalista formado pela UFRJ e UFRN. Apaixonado por cinema, praia e viagens.