“Como ter sexo com a mesma pessoa toda a vida” é uma peça de “sucesso”, mas para quem?

Sem meias palavras, a realidade é que eu realmente não consegui rir com a peça “Como ter sexo com a mesma pessoa toda a vida”, apresentada na última quinta-feira, 25, no Teatro Riachuelo, e sim, era uma “comédia”. O espetáculo trata-se de um monólogo, no qual uma sexóloga apresenta um seminário cujo título é o mesmo da peça.

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Tania Bondezan dá vida à personagem, Annetta Poché, sexóloga búlgara formada na Sorbonne, que em vários momentos interage com o público presente. O ator global Odilon Wagner dirige a peça, inclusive fazendo uma participação especial. A peça já está em cartaz há mais de 6 anos na Argentina, e aqui no Brasil é o seu segundo ano de cartaz. O texto original é de Monica Salvador.

O tema do sexo não é apresentado em nenhum momento de forma inteligente, eu perdi a conta do número de vezes em que foram feitas piadas com orifícios. Buraco pra cá, buraco pra lá. A todo momento, todo momento mesmo, era feita alguma piada com Dilma, através de uma projeção de slides, que no contexto da peça a sexóloga utilizava. Sempre de algum jeito eles “conseguiam” relacionar o tema a Dilma, e reparem nas aspas, não preciso dizer o quão fracassada era a relação .

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O aspecto mais engraçada da peça foi um espectador, embriagado provavelmente, que ria e ria com todas as “piadas”, aliás, suas risadas eram irritantes, mas melhores que a peça, então por aí você já pode ter uma ideia.

Não tenho dúvidas que se a peça virar um filme da Globo Filmes será um sucesso de público. “Os Homens são de Marte…e é para lá que eu vou” também é um monólogo de sucesso, não vi a peça (que inclusive entrará em cartaz muito em breve no Teatro Riachuelo), mas resultou em um filme ruim, mas de “sucesso”.

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A fórmula é essa, e não cansam de repeti-la. Se você passa longe das comédias da Globo Filmes, passe longe dessa peça também, mas se você morre de ri com elas, vá fundo na peça, conseguirá dar boas risadas. E rir – não importa de quê – sempre é bom.

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Jonathan De Assis
Acredita piamente que o Pink Floyd é a maior banda de todos os tempos e que ninguém canta melhor que o Robert Plant. Tem o Scorsese como ídolo máximo e sabe que ele transformará o DiCaprio no novo DeNiro. Com Goodfellas aprendeu as duas coisas mais importantes da vida: Nunca dedure seus amigos e mantenha a boca sempre fechada.
Jonathan De Assis

Jonathan De Assis

Acredita piamente que o Pink Floyd é a maior banda de todos os tempos e que ninguém canta melhor que o Robert Plant. Tem o Scorsese como ídolo máximo e sabe que ele transformará o DiCaprio no novo DeNiro. Com Goodfellas aprendeu as duas coisas mais importantes da vida: Nunca dedure seus amigos e mantenha a boca sempre fechada.

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Juliete Souza Malaquias
Juliete Souza Malaquias
9 anos atrás

Vi essa peça recentemente. Estava procurando algo sobre e me deparei com esse texto.
Realmente, tenho que concordar…. A peça é um fiasco. Me admira como estar em cartaz.
abração.

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