Diversidade é o nome do festival Ribeira 360º

O Ribeira 360º, mais novo festival das terras natalenses, estreou brilhantemente neste sábado, 7 de janeiro. Em pleno mês de férias e com grande parte da população nas praias, o público compareceu expressivamente ao evento.

A Rua Chile, que durante anos recebeu o Festival DoSol entre outros eventos musicais que marcaram gerações de natalenses, pôde conhecer um festival inteiramente dedicado à música potiguar – e, em sua maioria, autoral. De fato, o que se apresentou foi uma celebração à música potiguar, juntando nomes já consagrados como Khrystal, Mad Dogs e Camila Masiso a outros mais recentes – e igualmente brilhantes.

Como toda estreia é permeada de riscos, ficou evidente que o Festival precisa rever alguns aspectos, desde os mais técnicos como a qualidade do som – em especial no Ateliê Bar, onde o ruído prejudicava significativamente a apresentação dos músicos – até o posicionamento do palco principal, que, centralizado, dispersava a plateia em quatro frentes e tornava a apresentação incômoda – e até cansativa – para os artistas. O atraso também foi um elemento presente, apesar do esforço da produção.

Plutão Já Foi Planeta foi uma das atrações da noite | Foto: Paulo Fuga

Entretanto, o Festival acumula muito mais aspectos positivos do que poréns. Sem dúvida, o carro-chefe do Ribeira 360º é a diversidade. O incômodo de parte insignificante do público, que chegava a resmungar “Isso aqui tá parecendo a Vogue”, pode ser levado como um elogio. Com drags nos palcos – uma discotecagem lotada da dupla GabrYuri no Galpão 29 -, o evento se consagra como mais um ambiente em que o elogio à diversidade está presente.

Os shows mais vibrantes do primeiro dia do evento talvez tenham sido os de Khrystal e Camarones. Mas, sem dúvida, Plutão Já Foi Planeta é unânime em agradar o público em geral, principalmente os mais jovens. Também valem ser destacadas as apresentações das bandas Luísa e os Alquimistas e Seu Ninguém, algumas das mais cativas do público.

Khrystal e Simona Talma no palco | Foto: Paulo Fuga

Em relação aos outros festivais da cidade que trazem nomes nacionais e locais, como o DoSol e o MADA, a programação do Ribeira 360º prova que o artista local faz bonito e não deixa a desejar. O Ribeira 360º é um festival que veio para ficar. Sorte a nossa.

Compartilhe

Regina Azevedo
Poeta, estudante de Multimídia, formada no curso FIC de Roteiro e Narrativa Cinematográfica pelo IFRN, apaixonada por História da Arte e fotografia.
Regina Azevedo

Regina Azevedo

Poeta, estudante de Multimídia, formada no curso FIC de Roteiro e Narrativa Cinematográfica pelo IFRN, apaixonada por História da Arte e fotografia.

Postagens Relacionadas

Rugido_2
Lista: 3 séries feministas para assistir na Apple TV+
Não é de hoje que sou entusiasta emocionada do streaming da Apple, o Apple TV+. Dentre os motivos, estão...
foto da revista capituras
Capituras: revista cultural potiguar com foco em produção de mulheres é lançada
O Rio Grande do Norte acaba de ganhar a primeira revista cultural com foco na produção artística realizada...

Deixe uma resposta

0 0 votes
Classificação do artigo
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
0
Would love your thoughts, please comment.x