José  Saramago  no  SESC

Em novembros, nascem vários filhos de camponeses em Azinhaga, uma pequena povoação situada na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, uns cem quilômetros a nordeste de Lisboa. No ano de 1922 não foi diferente. Mas um camponês herdeiro de um pedaço de terra e aldeia, registrado com nome e data de nascença errados, veio, no entanto, ao mundo com o destino torto de se tornar escritor.

José, que era pra ser de Sousa e acabou sendo Saramago, nasceu com o dom de gostar do ser humano e de palavras. A paixão pelas pessoas começou com o carinho pelos avós humildes; a pela literatura foi apurada nas bibliotecas da capital portuguesa. Ambos deram consciência ao menino, de que estava a transformar personagens comuns em literários.

Então, tanta gente virou literatura nas mãos e inspirações de Saramago que o permitiu publicar cerca de 53 obras dos mais variados gêneros. Apesar de a morte tê-lo consigo há 4 anos, o escritor completa essa semana 92 anos de eternidade para os seus leitores e todos os sonhadores da igualdade.

Eu, dentro dessas duas categorias, não poderia deixar que a semana de comemorações ao redor do mundo não tivesse um espaço de homenagens especiais aqui n’O CHAPLIN. Os dias de Desassossego, em Portugal, organizados pela Fundação José Saramago, duraram todo o final de semana com diversos espaços para memória e saudade do autor. Nós, aqui do outro do oceano, pretendemos abraçar desassossegadamente as palavras de Saramago e dar bons motivos para que ele ganhe novos leitores que perpetuem seu legado na busca da compreensão de direito mais humanos e a luta por um mundo mais poético.

“Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma maneira bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles, infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratularmo-nos ou para pedir perdão, aliás, há quem diga que é isto a imortalidade de que tanto se fala.” (José Saramago)

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Natália Noro
Faz Comunicação por amor há quase 2 anos. É péssima em escrever sobre si mesma, mas escreve por ser sozinha e o assunto que melhor conhece, ademais, adora parafrasear Frida Kahlo. Ainda não sabe o que quer com o Jornalismo além de mudar o mundo – e talvez nunca saiba. Enquanto isso, sua experiência se resume em títulos, metáforas e trocadilhos geniais nunca publicados.
Natália Noro

Natália Noro

Faz Comunicação por amor há quase 2 anos. É péssima em escrever sobre si mesma, mas escreve por ser sozinha e o assunto que melhor conhece, ademais, adora parafrasear Frida Kahlo. Ainda não sabe o que quer com o Jornalismo além de mudar o mundo - e talvez nunca saiba. Enquanto isso, sua experiência se resume em títulos, metáforas e trocadilhos geniais nunca publicados.

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