Casa nova, roupa nova. Essa foi a minha primeira ideia da nova fase do Festival MADA (Música Alimento da Alma), que aconteceu no último final de semana, 24 e 25 respectivamente. Saindo do Estádio Senador João Câmara, na Ribeira, para a Arena das Dunas, o festival não só se pôs em local de evidência como também se arriscou na escolha das atrações. A primeira grande surpresa foi a notícia da primeira banda convidada pelo festival, a estreante Banda do Mar, composta pelos veteranos Marcelo Camelo (ex-Los Hermanos), Mallu Magalhães e músico português Fred Ferreira. A banda foi uma das atrações principais da primeira noite do evento junto do rapper paulista Emicida.
Na noite do dia 24, o evento contava com 8 atrações, que animaram e até surpreenderam, como foi o caso da banda Na Mente, de Pernambuco. Os caras arrepiaram e representaram demais o rock clássico, numa pegada cheia de referências entre Nirvana e Pearl Jam. A banda potiguar Kung Fu Johnny não se deixou passar para trás, fazendo o público, já tão conhecido, sair do chão entre um acorde forte de guitarra e a explosão da bateria. Confesso que fiquei fã da banda e começarei a reparar muito nela. Outra banda potiguar que também fez o público dançar foi The Bop Hounds, que experimentou uma mistura entre o rock e o country.
O músico de soul Di Melo veio para contribuir com um ritmo diferencial, mas tenho que afirmar aqui que não agradou nem um pouco a massa juvenil que ali estava presente e que queria saber de dançar, pular, etc. Festivais de música são para isso, integrar diferentes ritmos, músicos, estilos e ideias, e apresentar isso para o público. Deveríamos ser um pouco mais conscientes sobre isso!
Já o momento mais aguardado foi justamente a apresentação das duas atrações principais, a Banda do Mar e o rapper Emicida. Marcelo, Mallu e Fred fizeram o seu papel, levaram a galera para bailar com as músicas “Mais Ninguém”, “Hey Nana” e “Muitos Chocolates”. Marcelo também causou uma comoção geral ao cantar “Morena”, música da sua banda anterior, a Los Hermanos. A Mallu, por outro lado, cantou duas faixas do seu último disco solo. Emicida, que tem um grande público de admiradores em Natal, ficou a cargo de levar uma música extremamente reflexiva e deve ter ficado feliz vendo todo mundo cantando e acompanhando sua rima rápida e compassada.
Em questão de espaço e segurança, o festival é excelente. As únicas críticas que faço é ao preço dos serviços de bebida e alimentação, que são muito superiores, além da pouca variedade. O MADA a cada ano cresce e se torna um dos principais festivais da cidade.
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Todas as fotos © Sylara Silvério
Estudante de jornalismo, com um tombo por cinema e literatura. Curte um festival de música assim como um bom gole de café. Enquanto não acha seu meu rumo, continua achando que é a pedra no meio do caminho.
[…] determinado estilo ou gênero musical. Isto também foi nítido no primeiro dia, como mostramos na matéria sobre o primeiro dia. A edição 2015 poderia continuar na área externa da Arena das Dunas, canto central da cidade, […]