É fato que o estado do Ceará é o maior berço de humoristas do Brasil. Quanto a isso, não há o que discutir. Foi de lá que vieram os maiores nomes do humor do país: Chico Anysio, Tom Cavalcante, Tiririca, Wellington Muniz (o Ceará do Pânico), etc. Pelo menos costumava ser assim, até surgir a figura do potiguar David Cunha, o Espanta. Saído de Natal em 1991 e tendo começado por acaso na carreira de ator-comediante, este mestre na arte do riso ganhou notoriedade após participar da Escolinha do Professor Raimundo e, anos mais tarde, vencer o Festival de Piadas do Show do Tom. Infelizmente, não pôde viver o bastante para ver o auge de sua carreira e faleceu em um acidente de carro em novembro de 2006. É necessário falar deste, pois é a maior influência de Mafaldo Pinto, o alvo desta crítica que já tá bom de parar de enrolar e começar logo.
Com dois shows realizados no Teatro Alberto Maranhão, quatro no Teatro Riachuelo e diversas aparições na TV, este comediante natalense vem conquistando um público fiel que sempre comparece aos seus espetáculos – lotados em quase todas às vezes. O último foi realizado no dia 6 de novembro às 21h. Intitulado “Fora de Ordem”, contou ainda com a participação da banda Petrolão e seu filho de 11 anos, que parece começar a dar os primeiros passos na carreira de comediante… Será?
Nesta nova apresentação, Mafaldo satiriza as principais figuras políticas do RN, como Vilma de Faria, Rosalba Ciarlini e Lavoisier Maia, além de Garibaldi, Agnelo e Henrique Alves. Mas suas imitações não estão restritas somente à esfera política do estado. Ele também imita Agnaldo Timóteo, Cauby Peixoto, Alcione e Silvo Santos, o homem mais imitado do Brasil. Estudando Teatro na UFRN (sim, eu pesquisei e já o vi no DEART. Surpresa, Mafaldo!), sua performance no tablado fica ainda melhor a cada show. Sua interação com o público é sem igual, o que mostra que sua presença de palco é um dos diferenciais em seus espetáculos.
Sem esquecer, claro, das anedotas que são um de seus pontos altos, Mafaldo arrancou muitas risadas de seus espectadores. Estes sempre ansiosos para ouvir a próxima piada que ele contaria. Com diversas histórias, seja abordando a temática do bêbado (com seu personagem Cacareco) ou brincando com o estereótipo do gay (com Waleska), o homem que saiu de Natal e foi morar em Viçosa quando criança galga a passos largos rumo ao estrelato e ao sucesso absoluto em vários palcos do país.
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P.S.: O jabá acima foi feito sem fins lucrativos. De um fã e aspirante a comediante para outro que já tá na estrada há anos. Muito sucesso para você, Mafaldo!
Humorista, roteirista, desenhista, diarista e usuário do Windows Vista (mentira). Amante de HQs, games, filmes, séries, música, ficção científica e refrigerante de laranja. Estudante de Design da UFRN nas horas vagas e gente no restante do tempo… Ou será que não?