Quando estivemos na noite do heavy metal do Rock In Rio

Sábado, 19 de setembro de 2015. O CHAPLIN foi um dos poucos sites do Rio Grande do Norte a estarem presentes e abordarem em seus links o Rock In Rio, evento que neste ano comemora 30 anos. Fugimos de Queen e Elton John e fomos ao que interessava: a noite do metal, destinada às bandas de heavy metal.

O dia estava repleto de atrações, entre elas Noturnall, Angra, Korn, Mötley Crüe e Metallica. O local, para quem não sabe, está dividido em dois palcos: Palco Mundo (com as bandas principais) e Palco Sunset (alternativo e de encontros musicais). Desde as 14h o som já estava rolando no local, porém só conseguimos chegar ao local às 20h. Vamos focar nos três melhores shows que aconteceram naquele dia, que foi Korn, Motley Crue e Metallica.

A Korn é uma banda norte-americana formada em 1993 e conhecida por ser uma das percursoras do new metal, juntamente com o Slipknot. O grupo fechou as atrações do palco Sunset. Aqueles que não botavam fé, queimaram a língua, pois o show foi muito empolgante e facilmente você chacoalharia a cabeça ou adentrava numa roda de “polga” em frente ao palco.

Korn fechou o dia de shows do palco alternativo (Fotos: Lara Paiva)
Korn fechou o dia de shows do palco alternativo (Fotos: Lara Paiva)

Em 22 anos de carreira, o grupo já vendeu mais de 35 milhões de discos no mundo inteiro (16 milhões só nos Estados Unidos), o que faz com que Korn seja uma das bandas de metal mais bem sucedidas dos últimos 18 anos (1994–2011). A banda possui sete álbuns de estúdio de platina.

O vocalista Jonathan Davis não esperava que a reação do público fosse essa. Muitas vezes parava de cantar para admirar a plateia e ficava impressionado com a forte animação. Detalhe: não era a primeira vez que o grupo tocava em terras tupiniquins.

Eles tocaram alguns de seus sucessos, como “Freak On A Leash” e “Coming Undone”. O único porém foi a rapidez do show, apenas 60 minutos. Deveria ter rolado mais coisas, mas festival tem dessas coisas de horário.

Mötley Crüe e Metallica foram as duas principais atrações do Palco Mundo. A primeira banda é conhecida pelo estilo hard e glam rock. As letras falam sobre mulher, motos, bebedeiras e festas. A apresentação fazia parte da turnê de despedida dos caras, “The Final Tour”, na estrada desde 1981. O último dia de atividade está previsto para acontecer no dia 31 de dezembro deste ano.

Mötley Crüe vendeu mais de 100 milhões de álbuns em todo o mundo, considerada uma das melhores bandas de glam do mundo. Suas apresentações são conhecidas pela pirotecnia e diversas peripécias.

Devido ao problema de logística entre a organização e a banda, muita coisa que os fãs esperavam que tivesse em outros shows da turnê de despedida não rolaram, como o solo de bateria do Tommy Lee num equipamento que simula um looping de montanha russa. Entretanto, eles tentaram animar a plateia com a presença de pirotecnia, clássicos da banda e de mulheres fazendo o backing vocal.

Mötley Crüe realizava a sua turnê de despedida
Mötley Crüe realizava a sua turnê de despedida

O público estava morgado (muitos estavam tentando ir para frente com o objetivo de pegar o melhor lugar no show do Metallica) e por isso a apresentação do Mötley deixou um pouco a desejar. No final, o baixista Nikki Six jogou seu baixo para a galera causando um furor. De acordo com a reportagem, o instrumento foi pego por um fã argentino. Eles encerraram a apresentação com “Home Sweet Home”.

Finalmente chega o mais aguardado show da noite. Após um atraso de uma hora, o Metallica estava lá, animando e deixando a plateia bastante empolgada. Nos primeiros minutos de apresentação, algo inesperado acontece: há uma falha no som. A banda passou cerca de 10 minutos fora do palco, a fim de que seus engenheiros de som sanassem o problema, e este tempo pareceu uma eternidade. Muitos pensaram: “Não acredito, eles abandonaram o palco?”.

No meio disso, os fãs começavam a gritar: “Olê, Olê, Olê, Olá, Metallica”. Isto deixou o vocalista James Hetfield bastante animado, dizendo que a plateia estava bastante bonita.

http://instagram.com/p/71w5ePTDcQ/

Após muito medo, eles voltaram e começaram a tocar um dos seus hits, “The Unforgiven”. Após a tensão ter continuado, a animação do grupo americano começou a fazer a plateia relaxar e curtir os clássicos, como “Seek and Destroy”, “Master of Puppets”, “Whiskey in the Jar”, “Enter Sandman”, dentre outros. Foram duras horas de empolgação e muita cabeça chacoalhando. No final do show, o baterista Lars Ulrich afirmou que este seria o último show da banda neste ano, pois eles iam entrar em estúdio para gravação de um novo álbum.

Metallica foi a atração principal da noite
Metallica foi a atração principal da noite

As apresentações foram muito empolgantes e destinada para todos as vertentes do heavy metal. Vale a pena gastar 300 reais para assistir a uma porrada de banda juntas, que raramente tocam no Brasil (com exceção do Metallica que sempre está por aqui). Queremos mais shows assim!

Rock in Rio muito além da música

A Cidade do Rock oferece diversos atrativos para quem não quer assistir todos os shows. Se for andar um pouquinho vai ver diversas coisas, assim como em festivais de rock gringo. De um lado, brinquedos radicais como Discovery, Roda Gigante e Tirolesa (chega atravessar o palco principal), mas precisa marcar um determinado horário para adentrar a fila, que é bastante concorrida.

Outro ponto é a Rock Street, que é uma mistura de praça de alimentação e de eventos. Era possível matar a fome com uma pizza da Domino’s, beber uma cerveja da Heineken, comer uma batata-frita ou assistir a diversas atrações culturais, destaque para mistura circense com samba que Carlinhos de Jesus fez e ficou bem legal.

Rock Street misturava praça de alimentação com apresentações alternativas
Rock Street misturava praça de alimentação com apresentações alternativas

Os patrocinadores também tinham os seus próprios estandes. Lá, você podia fazer uma tatuagem, tietar um roqueiro brasileiro, ouvir uma música de rock, decorar uma camiseta ou comprar aqueles produtos promocionais. A escolha é sua!

Lado social

Agora vem a parte das críticas ao Rock In Rio. O que podemos falar do evento fora dos palcos? Tinha bastante lixo espalhado na Cidade do Rock, sem contar que vi muito desrespeito dos frequentadores com os funcionários da festa. Eu falei com mais detalhe no blog Brechando. Confere lá!

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Lara Paiva
Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.
Lara Paiva

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Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.

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