Por volta dos anos sessenta, Stan Lee – o mestre por trás da Casa das Ideias – começou a dar vida a seus principais super-heróis, atribuindo a eles uma visão mais verossímil da realidade, tornando os homens e mulheres por trás dos seus capuzes, e dos seus superpoderes, seres humanos comuns, com problemas cotidianos que vão desde uma discussão com a parceira conjugal a uma bronca do chefe.
Nesse vão contextual dos humanos de máscara criados por Lee, inúmeros roteiristas e desenhistas foram influenciados, criando novos super-heróis a partir das obras lançadas pela Marvel. Um desses autores é o potiguar Antoniêto Pereira, pai de “O Vigia”.
A HQ O Vigia “origem” teve sua primeira edição lançada esse ano pela Universo Editora de Publicações Independentes. Proposta no formato 14×20 cm, com a capa colorida e o seu miolo em preto e branco, o gibi apresenta um vigilante mascarado que combate o crime na maior cidade brasileira, São Paulo.
A narrativa está disposta em um pouco mais de vinte páginas, nas quais após iniciar a sua luta quixotesca contra o crime organizado em Sampa, o nosso herói se torna alvo de um matador de aluguel, da polícia e de uma espécie de vigilante às avessas.
Com claras referências ao Demolidor (criação de Lee), O Vigia retrata a violência urbana de São Paulo sobre a ótica lúdica que envolve os super-heróis, cativando o leitor através do senso justiça da personagem principal e seu desenrolar veloz da “estória”, fato que instiga a querer descobrir quais as próximas aventuras que aguardam o nosso vigilante tupiniquim.
Agitador cultural, headbanger, colecionador de vinis, leitor de hq’s e um dos produtores do único bloco de Rock’n’Roll do carnaval de Pirangi, Atrasados Para Woodstock.