“Eu cresci no Kansas, General. Não há nada mais americano que isso”.
Depois de muita espera (falando em espera, há quanto tempo esperavam por uma coluna Opinião Formada?), acabei vendo o “Man of Steel”, de Zack Snyder, e as impressões foram muito boas. Oras, não tinha como ser diferente, estamos falando do filme de Clark Kent, aquele que nas horas vagas põe uma roupa azul e uma capa vermelha pra virar o Superman.
O conflito que se trava é entre a esperança de um cientista que abdicou do próprio filho e a esperança de um general que cresceu com o único propósito de proteger seu povo. A história pode ter seus furos, as brigas podem ser exageradas e as piadas sem graça, mas eu pergunto: e dai? É um filme do Superman! Quem vai ver o filme pode ter uma certeza é um filme sobre um super herói americano que vai salvar o mundo no final. Isso ficou claro na frase que está no topo do texto.
Falando em desempenho, não aprovei Henry Cavill como Superman, ele até pode ser um bom Clark Kent, mas tá longe de ser aquele Superman épico que todos os fãs do azulzinho esperam. A Amy Adams ficou um amor de Lois Lane, muito melhor que a Teri Hatcher que fez a alegria da minha geração na década de 90. Michael Shannon fica melhor como o Agente da Lei Seca que vira gângster em Boardwalk Empire. E o que falar de Russel Crowe? Simplesmente perfeito, impecável como sempre.
A trilha sonora não é nenhum pouco marcante. Faltou alma pra música que serve de pano do fundo do filme. Se alguém viu, eu não ouvi.
É um filme que vale a pena pra quem é fã e pra quem não é. Claro que tem a turma do amendoim que vai ficar falando bobagem. Se conformem: é um filme do Superman. Não precisa de diálogos, lógica ou qualquer coisa. Precisa do homem de capa vermelha salvando o mundo no final.
Bacharel em Direito. Abecedista. Nas horas vagas escritor, divagador e mentiroso, tudo isso com uma boa dose de cinema e rock n’ roll – álcool só aos fins de semana. Assina a coluna “Opinião Formada”.