Os Croods: diversão na Idade da Pedra

Em cartaz há algumas semanas nas salas de cinema potiguares, a animação Os Croods, da DreamWorks, não tinha me chamado atenção a princípio, mas depois de entusiasmados comentários de uma amiga, eis que enfim fui conferir o filme. A temática “Idade da Pedra” sempre me remete aos icônicos Flinstones e com essa visão fiquei até a abertura do filme.


Thunk, Gran, Sanddy, Ugga, Eep e Grug, família Crood

Escrito e dirigido por Kirk DeMicco e Chris Sanders e produzido por Kristine Belson e Jane Hartwell, a animação gira em torno da última família pré-histórica, Os Croods. Em uma estrutura patriarcal e um planeta pra lá de selvagem, os cinco membros do clã sobrevivem a drásticas mudanças climáticas, animais ferozes, gigantes e exóticos, e árduas caçadas para se alimentar. Regidos por uma série de regras em que a principal é: nunca sair da caverna, tudo vai bem, exceto pela filha mais velha, Eep Crood.

Eep passa seus dias de adolescente com sede de viver, e curiosa por descobrir o mundo além da caverna, a jovem ruivinha desafia o pai, Grug. Certa noite, quando sai para desbravar os arredores, ela encontra o fogo, ou melhor, Guy e sua tocha de fogo. No encontro, logo fica evidente o fascínio da jovem Eep que nada tem a ver com Pedrita da animação da Hannah e Barbera, pelo engenhoso e esperto “garoto das cavernas moderno”. Ele lhe avisa sobre os crescentes colapsos que o planeta vem sofrendo e dá a dica para seguir rumo as montanhas.

Guy e Braço, seu animal de estimação, companheiro de aventuras e cinto

Guy é oposto dos Croods, já saiu das cavernas, sabe fazer fogo e se disfarçar, usa mais a mente que a força física em suas caçadas e pra completar o pacote evolução, ainda tem um animal de estimação, um bicho preguiça chamado Braço, um dos meus personagens favoritos do filme. As constantes transformações nas placas tectônicas terrestres determinam o rumo da história, a família não teme mais os animais, mas as mudanças de seu habitat natural.

O destino é guiado pelo sol, os Croods (Grug, Eep, a mãe Ugga, Thunk, o filho mais novo, Sandy, o bebê feroz, e Gran, a vovó) acabam tendo que passar por situações adversas em que o velho conhecimento de sobrevivência é posto a prova. Para que a família continue viva nesse novo mundo é preciso de um toque do novo, é preciso a ajuda de alguém com um olhar moderno e é justamente aí que Guy é peça fundamental no desenrolar da história.

Croods seguindo seu caminho rumo ao sol

Os personagens são carismáticos e bem humorados, sempre que Braço aparecia em cena eu já gargalhava, por sua lentidão, sua vozinha enrolada e seus comentários divertidos. Quanto a parte técnica devo confessar que me surpreendi tremendamente com a produção. Sem expectativa alguma, me deparei com um filme visualmente riquíssimo, as cores da fauna e flora do filme, guardadas as proporções, me lembraram Pandora, mundo de Avatar. A título de filme infantil também agradou, ao menos as crianças na sessão em que assisti deram bastantes risadas e saíram com um ar contente do cinema, assim como eu.

Os Croods foi uma grata surpresa no meio da semana corrida e atribulada, àqueles que ainda não assistiram, é bom se apressarem, já que é provável que o filme não esteja mais em exibição nos cinemas de Natal a partir da próxima semana.

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Leila de Melo
Uma míope quase sempre muito atrasada, cinéfila por opção, musicista fracassada e cronista das pequenas idiotices da vida. Pra sustentar suas divagações é jornalista, roteirista e fotógrafa.
Leila de Melo

Leila de Melo

Uma míope quase sempre muito atrasada, cinéfila por opção, musicista fracassada e cronista das pequenas idiotices da vida. Pra sustentar suas divagações é jornalista, roteirista e fotógrafa.

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10 anos atrás

[…] também concorrendo ao prêmio de Melhor Animação do Annie. São elas: Meu Malvado Favorito 2, Os Croods, a japonesa The Wind Rises e o vencedor do César (prêmio francês) de Melhor Animação, Ernest e […]

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