A arte fantástica é um gênero que demonstra fantasia, ou seja, apresenta elementos sobrenaturais como o seu principal mote. Celebra a fantasia, a imaginação, o mundo dos sonhos, o grotesco e entre outras coisas. Com o simbolismo, ela divide os temas da mitologia, do ocultismo e misticismo.
O surrealismo, por sua vez, foi um movimento artístico criada no início do século XX, que enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objetivos foi produzir algo que estava sendo destruído pelo racionalismo. É uma combinação do representativo, abstrato, irreal e inconsciente.
Essas duas manifestações artísticas estão unidas, desde o dia 05 de junho, em uma exposição que fica no salão principal da Pinacoteca do Estado, localizada no bairro de Cidade Alta. O nome deste trabalho se chama “Da Arte Fantástica ao Surrealismo”, que une obras de artistas destes respectivos movimentos.
O foco principal são as obras do artista plástico suíço Hans Rudolf Giger – conhecido pelo nome de H. R. Giger – que morreu neste ano, vítima de complicações de uma queda e culminou em inúmeras lesões. Ele ganhou um Oscar de “Melhores Efeitos Especiais” em 1980 por causa do cenário do filme “Alien – O oitavo passageiro ”, dirigido por Ridley Scott, inspirado no livro mais famoso de Giger, “Necronomicon”, publicado em 1977.
H.R. Giger também ajudou a elaborar os aspectos visuais das películas “A experiência”, “Poltergeist II”; capas de discos de bandas de rock e jogos para computador.
O artista ficou conhecido por sua abdicação do pincel ao utilizar o aerógrafo em seus trabalhos artísticos. A maioria dos temas trabalhados retrata os limites do horror, a biomêcânia, podendo chegar ao erotismo, temáticas retratadas em alguns quadros dele expostos na Pinacoteca.
Por isso, a classificação indicativa para entrar na exposição é 16 anos, uma vez que possui obras com conteúdo sexual. Uma das atrações da exposição são as mesas e as cadeiras utilizadas como cenário do filme “Alien”, que mostram a forte influência da biomecânica nos trabalhos do artista. A entrada tem um telão que mostra algumas cenas da película.
Outras obras de Giger, como quadros e esculturas, estão expostas em museu, administrado pela própria família do artista, localizado na cidade de Gruyères, na Suíça. Os espectadores também poderão conferir a arte fantástica e surrealista de Bruno Weber, Rodo-Graciela Boulanger e Roger Kathy.
Sobre Weber, que é conterrâneo de Giger, ele possui trabalhos conhecidos tanto na pintura quanto na escultura. Era apaixonado por estátuas tridimensionais. Algumas de suas obras viraram ponto turístico em Zurique, a capital da Suíça. Na pinacoteca estão alguns de seus quadros e destaque para capa de um livro dele cujo o material utilizado foi cimento.
Outras exposições na Pinacoteca
Até o dia 06 de julho, a Pinacoteca do Estado disponibiliza diversas exposições inclusas nas atividades da “Copa Cultural”. As salas do prédio abrigam os trabalhos: “E Natal Ganhou a Guerra”, com fotografias e objetos da coleção de Augusto Maranhão sobre 2ª Guerra Mundial (Uma outra postagem falando sobre o assunto em breve); “Sertão Potiguar” (elaborada por Wagner Di Oliveira) e “Cajus para todo lado” (do artista Vatenor).
No “Arte da Copa” são mostradas as manifestações artísticas de mexicanos, italianos, japoneses e outros países que jogaram dentro da Arena das Dunas, em Natal.
Nesta quarta-feira (25), o artista italiano Fabio Massimo Caruso lançou a exposição “O Percurso” , que é o resultado de sua residência artística promovida pela Embaixada da Itália no Brasil e a Fundação José Augusto (FJA). A ação faz parte do projeto “Itália no Brasil”, realizado em várias cidades brasileiras.
Além disso, o escultor da cidade de Major Sales, José Daniel Filho, conhecido pelo nome “Zé da China”, espalhou 15 cataventos criados por ele nos jardins do prédio onde já funcionou a sede do Governo do Estado.
Os cataventos foram decorados de uma outra forma, de maneira que os ventos ajudam a mover as peças adornadas e essas contam uma história. São compostas por elementos que fizeram parte de seu cotidiano nestes 58 anos de vida, como pessoas pilando milho, ferreiros trabalhando o ferro, marceneiros cerrando a madeira, bateristas tocando em bandas de música, trios de forró, carroças puxadas por tração animal, vaqueiros na pega do boi, ordenhas de vacas, camponeses arando a terra e outros temas.
Confira na nossa galeria dos trabalhos que estão em exposição:
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Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.