Em 20 de janeiro de 2008 começava, transmitida pelo canal estadunidense AMC, a saga dos “meth cooks”. Refiro-me a longa e tortuosa “via crúcis” de Jesse Pinkman e Mr. Walter White (Ou Heisenberg, como queiram). E hoje (11), após cinco anos, e quatro temporadas e meia, começa o fim de Breaking Bad. Milhares de “seriemaníacos” já se encontram em estado de apreensão, esperando o desfecho desta que, sem dúvida, é um dos melhores shows da última década.
Durante este tempo, a grande e árida cidade Albuquerque foi cenário de um emaranhado de histórias, que percorreram a violência, o suspense, dramas pessoais e até a comédia. Esses elementos, aliados a um roteiro fora de série (perdoem o trocadilho), construíram o que Breaking Bad é hoje, uma das séries mais aclamadas por público e crítica. Grande candidata a arrastar alguns dos mais importantes prêmios do Emmy 2013.
Temporada após temporada, foi notável a evolução dos personagens e de seus intérpretes, com destaque, claro, para Walter White (Brian Cranston) e Jesse Pinkman (Aaron Paul). Walt partiu de um simplório e retraído professor endividado, vítima de um câncer e de morte iminente, para o temido, frio e badass Heisenberg, o criador do “blue cristal meth”, aquele que “bate na porta”. Já Jesse, passou de um traficante drogado de quinta para um traficante drogado de primeira. Maldade (risos). O companheiro de White foi sem dúvidas um dos personagens que mais evoluiu, foi ganhando o respeito dos fãs.
Agora, o funil, que vinha se fechando há tempos está cada vez mais apertado. O gancho deixado nos oito primeiros episódios desta última temporada foi cruel para com o coração dos espectadores. Que atire a primeira pedra aquele quem não passou a última semana compartilhando tudo sobre Breaking Bad.
Com muito mais altos do que baixos, a série dificilmente deixou a desejar em algo, tudo foi muito bem amarrado, nada esteve ali de graça, sempre houve uma ação que ligasse, ou justificasse, outra. Talvez este seja um dos grandes trunfos do criador Vince Gillian, não inventar demais, respeitar o tempo da história, sem criar temporadas e desdobramentos desnecessários. Até porque, o ritmo de caos criado só aumenta, desde o piloto, e uma hora essa bola de neve deve encontrar um fim.
Cartaz dos episódios finais já dá a tônica para o desfecho de Breaking Bad |
Esse texto raso é só para lembrar do que está por vir. Serão mais oito episódios que findarão com uma trama que, ao que parece, chegou em seu ápice. Após o esperado series finale, retornarei para fazer um apanhado geral. O que acontecerá com nossa dupla? Tudo acabará no deserto? Em breve teremos respostas. Contudo, o clima de despedida e tristeza já se faz presente.
Alfred Hitchcock dizia “Sempre faça a platéia sofrer o máximo possível”. Portanto, preparem-se.
Trailer apresentado recentemente na Comic con:
Jornalista, headbanger baterista e metido a roteirista. A rima só não é pior que o gosto por mindblowing movies.