Séries e TV: Da Vinci’s Demons, primeiras impressões sobre as aventuras de um gênio

Mal Spartacus chegou a seu fim e o canal Starz já tratou de lançar uma nova série. E ao que parece, assim como a saga do Gladiador-Rei, Da Vinci’s Demons, nova aposta do canal, já caiu no gosto dos série-maníacos.

O show trata das aventuras do histórico inventor, pintor, matemático (etc.), o italiano Leonardo Da Vinci. Interpretado por Tom Riley, o personagem é mostrado como um jovem e impetuoso prodígio da cidade de Florença, que passa o tempo criando máquinas até então inimagináveis. Em certo momento, o “artista” – como é chamado na série – se envolve em uma improvável trama, que reúne o Vaticano, conspiração, violência e magia.

Na história, o revolucionário Da Vinci tem um contato com um misterioso homem, chamado apenas de O Turco, que mostra visões que passam a intrigá-lo e perturbá-lo. Paralelamente, o gênio faz um acordo com a família que detém o poder em Florença e passa a trabalhar como engenheiro militar, para assim poder custear suas experiências. O personagem de Riley é instigado a buscar o famigerado “Livro das folhas”, detentor de mistérios e chaves para os questionamentos em sua cabeça, o maior deles sendo sua própria mãe.

Aí entra o Vaticano no imbróglio, que está para entrar em guerra com Florença e quer, a todo custo, cooptar o protagonista para o seu lado, pois sabe de seu potencial e não quer que o tal livro caia nas mãos dos filhos de mitra, ordem a qual Da Vinci tem uma ligação misteriosa. Só que as coisas não são tão simples, claro. Da Vinci decide se opor ao temido Papa Sixtus e à potência da época, a igreja, se unindo à Família De Medici, personagens importantes na trama. Então as tensões começam, de um lado, o jovem Da Vinci prepara armas para sua cidade e busca por peças do quebra-cabeças que vislumbra em sua mente; do outro, o Vaticano trama e conspira contra os florentinos e tenta anular Da Vinci.

 

A trama pode parecer um pouco fantasiosa, e é. Contudo, o roteiro é bem conduzido, nada de novo, mas sabe pegar o espectador. Os personagens também são bem construídos, a exemplo do próprio Da Vinci, e principalmente os vilões. Menção honrosa para o impiedoso Conde Riario, um temido agente do Vaticano, muito bem interpretado pelo desconhecido Blake Ritson. E outra menção para outro personagem conhecido historicamente que teve participação inserido na história, mas só saberá quem assistir (risos).

Da Vinci’s Demons é de criação de David S. Goyer, roteirista da franquia Blade e de dois dos novos Batman. Em seu primeiro episódio teve uma ótima audiência, o que fez com que já fosse renovada para pelo menos mais uma temporada. A primeira temporada conta com oito episódios, o season finale foi ao ar no último dia 7 de junho, deixando todos com o coração saindo pela boca, devido À grande tensão e reviravolta criadas em seu final.

 

A série tem tudo para ser sucesso, uma boa trama com bons personagens, uma história que  vai alimentando o espectador com pedaços de resolução e criando conflitos, e ao mesmo tempo nos deixando com aquela sensação de “Caramba, o que vem no próximo episódio?!”.

Só o que preocupa, até agora, é o exagero, em alguns pontos as coisas ficam escabrosas demais, passando do limite do bom senso. Creio que o problema sejam os clichês típicos de histórias de aventura. No entanto, não prejudicam a história, ainda.

Essas foram só minhas primeiras impressões, vamos ver se continuará mantendo o nível. Espero ansioso pela próxima temporada.

PS: A a trilha sonora já vale uma olhada com carinho.

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Jaime Guimarães
Jornalista, headbanger baterista e metido a roteirista. A rima só não é pior que o gosto por mindblowing movies.
Jaime Guimarães

Jaime Guimarães

Jornalista, headbanger baterista e metido a roteirista. A rima só não é pior que o gosto por mindblowing movies.

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