Vikings: Primeiras impressões sobre a nova série épica do History Channel

Acompanhar uma nova série é quase como um relacionamento, você tem receio de que fique algo sério e depois venha a se decepcionar. Exemplos não faltam, as histórias começam, você se apega à trama, aos personagens, aquilo vira um hábito, e aí vem algum criador/roteirista e estraga tudo. Por isso sempre fico com um pé atrás para começar a assistir a algo novo.

Mesmo assim, decidi ver Vikings, a nova série do History Channel. Como o título já denota, a série trata dos desbravadores do mundo antigo, mais conhecidos por suas batalhas, pilhagens e brutalidade. Sempre gostei de ver coisas relacionadas a estes históricos personagens, talvez por remeterem a bravura, lutas, enfim, todo um imaginário acerca de aventura e poder.

 

 

A trama é guiada pelo protagonista Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel), um guerreiro escandinavo e espécie de fazendeiro que, ao lado de seu irmão Rollo (Clive Standen) e de outros guerreiros, parte em expedições em busca de riquezas. Ragnar é um exímio guerreiro e líder de seu grupo. Earl Haraldson (Gabriel Byrne) é o rei da região onde Lothbrok vive e também o vilão, pois confisca a maior parte dos ganhos dos desbravadores, por ser o homem mais rico e dono de todos os barcos.

A história começa a se desenrolar quando, conta a vontade do rei, o personagem de Fimmel constrói um barco e navega para o oeste, local onde acredita que irá encontrar incontáveis tesouros. Ragnar é desacreditado pela maioria, mas consegue convencer uma tripulação a embarcar na aventura. Na viagem, além de tesouros, os nórdicos entram em contato com o cristianismo, ao massacrar um mosteiro para pilhar.

 

 

Ao retornar para sua terra o grupo tem os lucros surrupiados pelo crápula Earl Haraldson, o que gera descontentamento e muita desconfiança, das duas partes. O rei passa então a perseguir Ragnar, temendo que o guerreiro tome algum dia o seu poder.

Vikings quebra um pouco o imaginário que se tem destes guerreiros, pois aqui eles são mostrados como agricultores, construtores, aldeões, e não só como matadores habilidosos. Também entendemos como funcionava politicamente a sociedade em que viviam. Talvez seja este o trunfo do seriado, atentar para a pesquisa histórica.

Na exibição de seu primeiro episódio a série alcançou a ótima audiência de 6,2 milhões de telespectadores, e a cada semana os números são mais satisfatórios. Parece que já tem uma boa base de fãs, tanto que já foi renovada para a segunda temporada.

 

 

O show é de criação de Michael Hirst, que já tem experiência em seriados históricos, como em The Tudors e Camelot. O elenco também é bom, para mim, quase todos são desconhecidos, com exceção de Byrne, que dá um show de interpretação.

Só o que estranhei, de início, foram as lutas, não tão sangrentas (acho que fui muito afetado por Spartacus) e a forma rápida com que realizam as expedições. Mas é o de menos, pois a trama tem sido muito bem construída.

Agora acho que já é tarde, tenho um compromisso com este seriado, espero não ter surpresas desagradáveis. Assistam à abertura, fica a dica.

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Jaime Guimarães
Jornalista, headbanger baterista e metido a roteirista. A rima só não é pior que o gosto por mindblowing movies.
Jaime Guimarães

Jaime Guimarães

Jornalista, headbanger baterista e metido a roteirista. A rima só não é pior que o gosto por mindblowing movies.

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Eduardo Philippe
11 anos atrás

Acho que seria mais certo citar logo nórdico, já que em um – atenção, spoiler xD – episódio mais à frente se revela um tal rei sueco. O “Earl” na verdade é conde, não rei. E sim, sinto falta daquela coisa mais trabalhada de Spartacus. Seria muito bom se fosse daquele jeito, já que Spartacus tá acabando! :'(

Eduardo Philippe
11 anos atrás

quando eu falei “nórdico”, quis dizer norueguês. com essa parada de rei sueco, acho que eles vão dividir bem os países. 😡

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