Waterghost: uma opera metal genuinamente brasileira

Em São Paulo, o publicitário Marcelo Beckenkamp gosta de heavy metal e tinha o sonho de criar uma ópera usando este gênero musical como mote. Então, ele conseguiu contato com músicos do mundo todo e surgiu o projeto Waterghost, cujo primeiro single, intitulado de “The Four Elements”, foi lançado há poucos meses e já tem quase quatro mil visualizações no YouTube, espaço onde a música foi publicada na íntegra.

Capa do single "The Four Elements" (Divulgação)
Capa do single “The Four Elements” (Divulgação)

A ideia surgiu em 2012, porém foi posta na prática apenas no ano passado, quando Marcelo entrou em contato com o produtor Vinicíus Almeida, que também é multi-instrumentista e tem experiência no mercado há 20 anos. Beckenkamp, que já trabalhou como assessor de imprensa de bandas, é o compositor de todas as letras do Waterghost e Almeida, por sua vez,  toca guitarra no projeto e também participa da banda Legendary. O time de nove pessoas que compõem o Waterghost conta com experientes na cena heavy metal e grandes profissionais nacionais e internacionais.

Os cantores que participaram foram André Anheiser Ferrari (ex-Eyes of Shiva, atual Mr. Ego); a turca Başak Ceber Adakur (Dream Ocean); Germán Pascual (ex-Nárnia, atualmente em carreira solo); Gui Antonioli (Tierramystica); Helyton Camargo; Mischa Marmade (Zaltana); Raphael Dantas (ex-Andragonia, atual Perc3ption).  Já no baixo está o argentino Ignácio Lopez (Skiltron). A equipe d‘O CHAPLIN entrevistou o Marcelo Beckenkamp, e na conversa ele falou um pouquinho do projeto. Confira a seguir:

O CHAPLIN: Essa foi sua primeira experiência na música, já que você trabalha com Marketing e Publicidade?

Marcelo Beckenkamp: Apesar de ter o marketing como profissão e trabalhar na área há quase sete anos, essa não foi a minha primeira experiência na música. No cenário musical, já desenvolvi algumas atividades em assessoria de imprensa e consultoria para artistas e bandas. A mais recente foi com o grupo Angels Holocaust.

O CHAPLIN: Como está a repercussão do público sobre o Waterghost?

Marcelo Beckenkamp: A repercussão está incrível! Lançamos o single de estreia, “The Four Elements”, no mês de julho de 2014 e, a partir de então, tivemos uma grata surpresa onde diversos blogs, sites e webrádios repercutiram positivamente a canção, além da participação intensa dos nossos fãs nas redes sociais e as quase quatro mil visualizações no Youtube no período de dois meses. Estamos animados com o feedback do nosso público que se mantém fiel e participativo.

O CHAPLIN: Quando surgiu a ideia de você fazer um metal opera?

Marcelo Beckenkamp: Tudo começou alguns anos atrás, em 2012, onde ouvia alguns projetos do gênero e notava que isso poderia soar diferente. Depois de um tempo, mais exatamente em 2013, entrei em contato com o Vinícius Almeida (multi-instrumentista e produtor), apresentei a ideia e ele gostou. A partir daí, começamos a debater a respeito. Porém, foi somente no início de 2014 que as coisas foram sair do papel definitivamente e tornar-se algo concreto, real.

Ignácio Lopez, baixista do Waterghost (Divulgação/Facebook)
Ignácio Lopez, baixista do Waterghost (Divulgação/Facebook)

O CHAPLIN: Quais histórias que são retratadas nesse projeto?

Marcelo Beckenkamp: O intuito do Waterghost é se diferenciar o máximo possível, principalmente na questão da composição das letras. Procuramos não desenvolver um enredo que gira em torno de uma história. Ao invés disso, optamos em fornecer uma alternativa mais ampla ao nosso público, com possibilidades maiores de interpretação.

O CHAPLIN: Quanto tempo demorou para compor todas as letras?

Marcelo Beckenkamp: Independente do que é composto, sempre será algo complexo e demorado, pois depende não somente do nosso conhecimento e experiência, mas principalmente da ‘inspiração divina’ do dia a dia e não é sempre que uma pessoa está inspirada (risos). Exemplo disso é o fato de ainda estarmos nessa fase de produção, pois estamos no estágio final da gravação do segundo single e há a pretensão de, até o mês de janeiro de 2015, disponibilizarmos mais duas canções. Então, de forma aproximada, levará mais uns quatro meses, sem contar que estamos compondo desde maio de 2014.

O CHAPLIN: Por que a escolha do nome Waterghost?

Marcelo Beckenkamp: Isso ocorreu na fase em que eu tinha o planejamento do novo metal opera, mas necessitava de um nome. E conversando a respeito disso com uma grande amiga minha, que mora na Letônia, Anna Botvinova, ela me sugeriu o nome ‘Waterghost’. Eu gostei e resolvi manter isso em definitivo.

O CHAPLIN: E como veio o contato com os músicos? Você já conhecia os participantes do projeto?

Marcelo Beckenkamp: Bem, alguns músicos eu já conhecia e outros foi através de sugestões do nosso produtor e multi-instrumentista, Vinícius Almeida.

O CHAPLIN: Vocês lançaram o primeiro single, “The Four Elements”, em breve terá um novo single disponível e gostaria de saber mais sobre este novo trabalho.

Marcelo Beckenkamp: Estamos em fase final de produção do segundo single, que está a ser gravado no DRK Studios. De acordo com o  planejamento do Waterghost, esperamos poder lançá-lo no mês de outubro.

Başak Ceber Adakur é líder da banda turca Dream Ocean e participa do projeto
Başak Ceber Adakur é líder da banda turca Dream Ocean e participa do projeto

O CHAPLIN: E o primeiro álbum?

Marcelo Beckenkamp: Apesar de ser um assunto que está em fase embrionária, especulamos a possibilidade de lançarmos o debut album do Waterghost no segundo semestre de 2015. Contudo, há muita coisa a ser planejada e resolvida para que isso seja possível, de fato. Vamos torcer para que tudo dê certo!

O CHAPLIN: Tem pretensões de levar este projeto para uma turnê?

Marcelo Beckenkamp: Será uma grande conquista poder realizar uma turnê com o Waterghost! Já tivemos alguns convites, mas, optamos pela escolha de ter o CD físico em mãos primeiro e, aí sim, podermos apresentar com o novo metal opera na realização de shows.

O CHAPLIN: Para concluir, algum artista famoso da cena heavy metal já teve contato com vocês e gostou do resultado?

Marcelo Beckenkamp: Em meio ao lançamento do single de estreia apresentamos o novo metal opera para alguns ‘medalhões’ do metal e o retorno deles foi bastante animador para um projeto que, na época, tinha acabado de ser lançado oficialmente. Acredito que, no decorrer da jornada do Waterghost, possa existir a possibilidade de grandes surpresas, no que se diz respeito ao lançamento do CD e algumas outras coisas que poderão surpreender muita gente. Vamos aguardar! (risos).

Mais informações:

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Lara Paiva
Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.
Lara Paiva

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Natalense, jornalista, gosta de música, livros e boas histórias desde que se entende por gente. Também tem uma quedinha pela fotografia.

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