Chef: uma viagem pela gastronomia de rua

Ser cozinheiro não é tarefa fácil. O trabalho normalmente envolve muito esforço físico, conseguir se relacionar bem em equipe sob constante pressão, lidar com ferramentas que podem cortar, perfurar e queimar, além de passar várias horas no ambiente naturalmente quente da cozinha.

Entretanto, como tudo que vai para as telas de Hollywood, é uma profissão glamourizada. E no filme Chef (2014), escrito, dirigido e protagonizado por Jon Favreau, isso não é muito diferente, mas tem algo mais aqui além de comida saltando em frigideiras e sobremesas sofisticadas. O que é esse algo mais?

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O filme começa com a rotina diária do chef Carl Casper, um cara que ama seu trabalho: solitário, ele corta, limpa, rala e lava toda a comida que será usada mais tarde nas preparações. É o mise en place, a organização que antecede todo o trabalho em uma cozinha de grande porte.

Logo chega seu fiel escudeiro, Martin, com um leitão inteiro embalado. Para pessoas acostumadas a lidar com bifes congelados, provavelmente é um choque ver um animal morto sendo manuseado e cortado. Muita calma nessa hora, não é um filme de terror. Bem, talvez para vegetarianos, mas esse é apenas um dos vários exemplos do filme tentando tirar o véu que existe entre o prato final e seu processo de produção.

No decorrer do longa-metragem, veremos cenas do chef Carl Casper falando apaixonadamente sobre a comida, suas propriedades de sabor e aroma, origem de tal prato típico do seu país (o filme gira em torno dos imigrantes latinos) e demonstrando obsessão em inovar com ingredientes limitados, quase sempre explicando de forma simplificada as coisas para seu filho pré-adolescente e, portanto, para a audiência.

Em uma viagem pelo lado mais ensolarado dos EUA, “Chef” mostra como pode ser divertido levar comida diferente para as pessoas e conhecer novos hábitos alimentares. É um filme de comédia, com uma história de superação que serve apenas de pano de fundo para uma viagem dentro de uma cultura gastronômica que foi importada e desenvolvida dentro dos Estados Unidos, muito além dos hambúrgueres e hot dogs. Uma boa pedida para um final de semana com a família e amigos comendo alguns sanduíches.

Segue o trailer do filme:

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Mozart Maia
Eterno aprendiz de jornalismo, cozinheiro amador e gamer nas horas vagas. Reencarnação de HP Lovecraft e um androide com apenas 512KB de memória.
Mozart Maia

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Eterno aprendiz de jornalismo, cozinheiro amador e gamer nas horas vagas. Reencarnação de HP Lovecraft e um androide com apenas 512KB de memória.

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