E aí, já foram assistir a “Maleficent” (Malévola, em português)? Não?! Really?! Então, informo-lhes desde já que vocês estão perdendo um dos filmes mais esperados da Disney, desde “Frozen” (não que faça muito tempo)! E não é apenas por ser uma adaptação de um dos mais clássicos conto de fadas, nem “só” por ter Angelina Jolie dando vida à “bruxa” mais odiada de todas. Se todo mundo já estava ansioso para assistir ao velho e bom “bem vence o mal”, imagina depois que ficamos sabendo que a história irá explicar, finalmente, de onde vem todo aquela maldade feat. recalque da bruxa que condena a bela princesa loira e inocente para o sono eterno?
É isso mesmo que você leu! Na adaptação, a história é recontada de tal forma que começamos a ver um pouco do “opressor” assumindo o lugar do “oprimido”. É quase um discurso político (ou capa de TCC), mas é legal porque nasce a cultura de explicar que o mal não brotou do nada e resolveu atacar, e sim que alguém ou algo fez com que aquilo existisse! Achei muito interessante uma das matérias em que a Angelina Jolie fala da reação dos próprios filhos com a “real história” da Maleficent. Ela conta que, inicialmente, as 15 crianças se assustam com a ideia de que a mãe fosse viver uma bruxa tão malvada, mas depois que ela explicou a razão daquela maldade toda, o sentimento de medo e aversão deu lugar à pena e até mesmo solidariedade.
Sei que pra muita gente, essa parte da história é ínfima, diante de todos os incríveis efeitos em 3D, da atuação brilhante da esposa do Brad Pitt e do fato de ser um clássico dos desenhos levado para o cinema, mas, ao meu ver, essa é a característica que faz toda a diferença: a inovação do discurso! Não sei de onde surgiu a ideia de explicar o “porquê” das coisas, mas sei que foi brilhante. Já não vivemos num mundo em que se pode acreditar que coisas ruins acontecem com pessoas boas, e mostrar que toda história tem “dois lados”, principalmente para as crianças (e alguns adultos também) num conto de fadas é uma tacada de mestre! E daí eu tiro: Maleficent não é um filme só para crianças. Todas as idades vão curtir, sem dúvida!
Então corre lá pro cinema! A estreia foi ontem, mas já é um sucesso de bilheteria.
Um capricorniano perfeccionista, cheio de manias e viciado em séries, filmes, livros, quadrinhos e desenhos animados. Joga búzios, tira cartas, roda o compasso, traz a pessoa amada em três dias e escreve diariamente para a coluna “Extra!” , além de ser Gerente de Marketing e Finanças neste mesmo Bat-Site.